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Grávida é morta por asfixia na baixada, o 2º caso nesta segunda-feira no Rio

Katyara Pereira da Silva, assassinada em Belford Roxo, estava grávida - Reprodução/Facebook
Katyara Pereira da Silva, assassinada em Belford Roxo, estava grávida Imagem: Reprodução/Facebook

Eduardo Miranda

Colaboração para o UOL, no Rio

12/03/2018 20h06

Uma mulher de 31 anos foi asfixiada e morta dentro de casa, em Belford Roxo, Baixada Fluminense, na manhã desta segunda-feira (12). Katyara Pereira da Silva foi encontrada morta após vizinhos ouvirem os gritos de uma criança que seria uma de suas filhas. Nas redes sociais, parentes dizem que ela estava grávida de seis meses.

O caso está sendo investigado por policiais da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense. A principal linha de investigação é feminicídio.

Katyara, que morava com duas filhas (uma de dois e outra de 14 anos), tinha marcas de agressão por todo o corpo e um pano enfiado na boca. Além da casa revirada, a polícia informou que havia sinais de luta corporal e recolheu um travesseiro que teria sido usado contra a vítima, além de panos sujos de sangue. Ainda segundo os agentes, não houve roubo de nenhum objeto da casa.

Proprietário da casa onde a vítima morava, um homem identificado como Carlos Alberto disse à polícia que escutou pedidos de socorro às 6h de hoje, mas, ao chegar no local, não ouviu mais os gritos. Por volta das 7h, Carlos Alberto voltou à rua onde Katyara morava e encontrou o portão da casa aberta e a filha chorando e dizendo: “minha mãe morreu”.

Nas redes sociais, parentes e amigos de Katyara, que vivia no bairro Parque São José e trabalhava em um supermercado, publicaram a foto de um ex-marido da mulher e o acusaram de ser o autor do crime. No registro de ocorrência, o mesmo homem, Matheus Almeida da Silva, 23, é apontado como suspeito. A reportagem do UOL não localizou o suspeito ou sua defesa. 

Grávida e PM baleados

O assassinato de Katyara se soma a mais duas mortes hoje, na região metropolitana do Rio. Mais cedo, um PM e outra grávida morreram baleados.

Dandara Helena Damasceno de Souza, 21, estava grávida e foi baleada na cabeça em Padre Miguel, na zona oeste do Rio. Ela foi levada para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, na região, mas chegou morta à unidade.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, uma cesariana de emergência foi feita na jovem e o bebê sobreviveu. Porém, ele está na UTI (unidade de terapia intensiva) neonatal em estado grave. O menino, que pesa 900 gramas, respira com a ajuda de aparelhos. A gestação de Dandara estava na 25ª semana.

De acordo com o delegado Neílson Nogueira, nenhuma hipótese --inclusive a de feminicídio-- está descartada nas linhas de investigação da Delegacia de Homicídios.

Mais cedo, o cabo da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Leonardo de Paula da Silva, 35, foi morto na linha Amarela --via expressa que liga as zonas norte e oeste do Rio. O caso ocorreu próximo ao acesso à Vila dos Pinheiros, em Bonsucesso, na zona norte da cidade.

"Houve uma batida de carro e os bandidos foram ver o que estava acontecendo. O PM saiu do carro armado, os bandidos atiraram, tomaram a arma dele e a usaram para atirar novamente no PM", afirmou Fábio Cardoso Junior, delegado titular da Delegacia de Homicídios.

As mortes de hoje ocorrem após um fim de semana violento na região metropolitana do Rio. Entre sexta-feira (9) e domingo (11), ao menos sete pessoas morreram de forma violenta na região. A segurança pública do Estado está sob intervenção federal desde o mês passado.