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Caso Marielle: polícia volta à rua do crime para descobrir local exato onde carro foi atacado

21.mar.2018 - Carro da polícia foi usado para simular veículo de Marielle no local do crime - Carolina Farias/UOL
21.mar.2018 - Carro da polícia foi usado para simular veículo de Marielle no local do crime Imagem: Carolina Farias/UOL

Carolina Farias

Do UOL, no Rio

21/03/2018 16h46

Policiais da DH (Delegacia de Homicídios) foram na tarde desta quarta-feira (21) ao local do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes para colher informações e calcular o posicionamento dos carros envolvidos no crime. Os investigadores querem saber qual o ponto exato da rua em que o carro das vítimas estava quando foi atacado.

A informação foi confirmada ao UOL por investigadores na rua João Paulo 1º, no bairro do Estácio, região central do Rio de Janeiro. A polícia investiga o envolvimento de dois carros no crime. A via onde aconteceram os assassinatos não possui câmeras.

"Queremos saber onde o carro [de Marielle] estava porque aqui não tem câmera", disse um dos agentes, sem se identificar. Ele relatou, contudo, que a diligência de hoje não se trata de uma reconstituição, mas de parte da apuração.

O trabalho dos investigadores durou aproximadamente 30 minutos --a rua não chegou a ser interditada. Um carro da DH foi usado pelos agentes para fazer a simulação.

Policiais civis também foram nesta quarta à rua dos Inválidos, onde Marielle participara, momentos antes de ser morta, de um evento político.

Na quarta-feira (20), a companheira da vereadora, Monica Tereza Benício, prestou depoimento na DH. Ela permaneceu cerca de sete horas na delegacia.

Com os depoimentos, a polícia quer entender a motivação do crime, segundo informou o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ), amigo pessoal da vereadora havia mais de dez anos. Até o fim da semana, segundo o parlamentar, políticos do PSOL e familiares devem ser ouvidos. 

O que se sabe até agora sobre o caso, que corre sob sigilo, é que Marielle foi atingida na cabeça por quatro tiros de munição de calibre 9 mm (as balas faziam parte de um lote desviado da Polícia Federal) e que dois carros participaram do ataque ao veículo em que as vítimas estavam.

Disque Denúncia Marielle - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

Pistas sobre o assassinato

O Disque Denúncia informa que recebeu 40 denúncias sobre o caso e encaminhou tudo para a polícia. O anonimato é garantido. Quem tiver qualquer informação a respeito da identificação e localização dos assassinos pode usar os seguintes canais para denunciar:
  • Whatsapp ou Telegram: (21) 98849-6099
  • Central de Atendimento do Disque Denúncia: (21) 2253-1177