Intervenção diz que envio de militares para patrulhar ruas e favela do Rio é "emergencial"
A equipe de intervenção federal afirmou, em sua conta no Twitter, que o envio de tropas das Forças Armadas para patrulhar a favela Vila Kennedy (zona oeste) e as ruas das zonas sul, norte e central do Rio de Janeiro são ações emergenciais.
O general interventor Walter Braga Netto havia afirmado nos primeiros dias da intervenção que o foco principal de sua equipe seria reestruturar e reequipar os órgãos policiais – aumentando efetivos da polícia e adquirindo armas e veículos.
Militares ligados à cúpula da intervenção ouvidos pelo UOL afirmaram as ações ostensivas das Forças Armadas em favelas e nas ruas do Rio são consideradas importantes para aumentar a sensação geral de segurança, mas não devem gerar resultados a longo prazo se a reestruturação das polícias não tiver sucesso.
As Forças Armadas realizaram diversas incursões na favela Vila Kennedy desde o dia 23 de fevereiro até passarem a patrulhar o local de forma permanente desde 10 de março.
Segundo uma fonte ligada à Secretaria da Segurança, informações de inteligência anteriores a essas ações apontavam que a Vila Kennedy poderia se tornar palco a qualquer momento de um conflito entre as facções Comando Vermelho e Terceiro Comando Puro. Evitar esse confronto na região teria sido uma das razões para a entrada das Forças Armadas na favela.
Já o reforço de patrulhamento nas ruas do Rio pelas Forças Armadas e pela Guarda Municipal seria uma tentativa de aumentar a sensação de segurança da população. Isso seria um fator de dissuasão para criminosos não cometerem certos tipos de crime e para aumentar o apoio dos moradores à intervenção.
Contudo, como o patrulhamento é móvel e o número de patrulhas é variável, as tropas ainda estão pouco visíveis à maioria da população.
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