Estudante é atingida por bala perdida dentro de escola em SP
Uma estudante de 16 anos foi baleada no pé dentro de uma escola estadual da zona leste de São Paulo, enquanto conversava com as colegas de classe durante uma aula de educação física. Ela passa bem.
O caso ocorreu por volta das 10h da última quinta-feira (29), na Escola Estadual Santos Amaro da Cruz, no Jardim Colorado, região do bairro de Sapopemba. Segundo depoimentos colhidos pela Polícia Civil, a estudante foi vítima de uma bala perdida. O autor do tiro é desconhecido e a polícia investiga o caso.
Segundo a professora responsável pela aula, as atividades corriam normalmente. Os alunos haviam sido divididos duas turmas, sendo que os meninos estavam em uma quadra coberta, jogando futsal, e as meninas, num outro espaço, aberto, jogando vôlei. Por volta das 10h, a estudante começou a gritar de dor.
A professora relatou à polícia que socorreu a aluna, a levando até um banco para verificar o que tinha acontecido. A professora tirou o tênis da garota e viu que havia muito sangue. Na sequência, a professora pediu para um funcionário da escola entrar em contato com os responsáveis pela aluna e dizer que havia ocorrido um acidente.
A jovem foi levada até o hospital Vitória Anália Franco. Lá, os médicos fizeram um raio-x e constataram que o ferimento havia sido provocado por arma de fogo. Por isso, foi registrado um boletim de ocorrência no 41º DP (Distrito Policial), na Vila Rica. As testemunhas disseram não ter ouvido nenhum disparo.
Investigadores da Polícia Civil foram até o local e relataram que "não havia campo para a perícia local". Foram feitas fotos no local "para futuras investigações". O tênis da menina foi apreendido para auxiliar o trabalho da polícia.
Por risco de agravamento no ferimento, o médico responsável decidiu não retirar o projétil de dentro do pé da estudante. "Ela vai ficar afastada [das aulas] por 15 dias. Vou fazer avaliação com ela para verificar como vai ficar, se vai ter desdobramentos. O médico disse que, se ela sentir dor depois desse período, terá de tirar o projétil", afirmou à reportagem a mãe da jovem, uma auxiliar administrativa de 42 anos.
"Fiquei chocada com o que aconteceu. Como mãe, jamais esperaria que esse tipo de coisa pudesse acontecer dentro da escola. Já conversei com ela e naquela escola ela não continua", disse.
"Ela gostava de estudar lá. Parece ter sido algo novo, mas eu não tenho mais segurança para deixar ela voltar a estudar lá. Se aconteceu uma vez, pode acontecer de novo."
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