Policiais de SP são presos sob suspeita de explorar jogos de azar para receber propina
Uma força-tarefa realizada nesta quinta-feira (19) deteve 12 pessoas, entre elas quatro policiais civis de São Paulo, sob acusação de integrarem uma organização criminosa que visava a exploração de jogos de azar na região metropolitana. Sobre os policiais também recai a acusação de cobrarem propina. Os nomes dos acusados não foram revelados.
Ao todo, foram expedidos e cumpridos 12 mandados de prisão preventiva nas cidades de Mogi das Cruzes, Guarulhos, Itaquaquecetuba e Bertioga. Além disso, também foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, que incluíram a apreensão de documentos, celulares, computadores, máquinas caça-níquel, duas armas com registro vencido e dinheiro.
A operação ocorreu após investigação do Ministério Público por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Guarulhos. A ação contou com apoio da Corregedoria da Polícia Civil e de policiais militares.
"Se tratava de uma organização criminosa. A contravenção da exploração do jogo de azar é parte que pode ser considerada pequena dentro da operação. Os policiais envolvidos fomentavam a exploração de jogos de azar e recebiam propina por isso", afirmou ao UOL o subprocurador geral de políticas criminais, Mario Luiz Sarrubbo.
Ainda de acordo com ele, a partir da prisão dos 12 acusados pelo Gaeco, uma outra operação foi deflagrada. As investigações querem identificar se o grupo fazia lavagem de dinheiro a partir da exploração dos jogos.
Os 12 foram levados ao Fórum Criminal de Mogi das Cruzes, onde foram ouvidos pelo promotor Frederico Vieira Silvério da Silva, responsável pela denúncia. De lá, foram para distritos policiais, para cumprimento dos mandados de prisão.
Ao todo, 11 promotores participaram da operação, além de agentes da corregedoria da Polícia Civil e de oficiais e praças da Polícia Militar. Procurada, a Secretaria da Segurança Pública confirmou a operação e o resultado dela.
No início do ano, três oficiais da PM paulista foram presos em uma operação do Gaeco pela mesma acusação. Segundo a denúncia, eles facilitavam o funcionamento das casas de jogos em bairros nobres da capital.
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