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Policiais de SP são presos sob suspeita de explorar jogos de azar para receber propina

19.jul.2018 - Máquinas caça-níquel apreendidas durante a operação - Divulgação/Gaeco
19.jul.2018 - Máquinas caça-níquel apreendidas durante a operação Imagem: Divulgação/Gaeco

Luís Adorno

Do UOL, em São Paulo

19/07/2018 13h43Atualizada em 20/07/2018 08h58

Uma força-tarefa realizada nesta quinta-feira (19) deteve 12 pessoas, entre elas quatro policiais civis de São Paulo, sob acusação de integrarem uma organização criminosa que visava a exploração de jogos de azar na região metropolitana. Sobre os policiais também recai a acusação de cobrarem propina. Os nomes dos acusados não foram revelados.

Ao todo, foram expedidos e cumpridos 12 mandados de prisão preventiva nas cidades de Mogi das Cruzes, Guarulhos, Itaquaquecetuba e Bertioga. Além disso, também foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, que incluíram a apreensão de documentos, celulares, computadores, máquinas caça-níquel, duas armas com registro vencido e dinheiro.

19.jul.2018 - Armas apreendidas durante operação do Gaeco na região metropolitana da SP - Divulgação/Gaeco - Divulgação/Gaeco
19.jul.2018 - Armas apreendidas na ação
Imagem: Divulgação/Gaeco

A operação ocorreu após investigação do Ministério Público por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Guarulhos. A ação contou com apoio da Corregedoria da Polícia Civil e de policiais militares.

"Se tratava de uma organização criminosa. A contravenção da exploração do jogo de azar é parte que pode ser considerada pequena dentro da operação. Os policiais envolvidos fomentavam a exploração de jogos de azar e recebiam propina por isso", afirmou ao UOL o subprocurador geral de políticas criminais, Mario Luiz Sarrubbo.

19.jul.2018 - Dinheiro apreendido durante operação do Gaeco na região metropolitana de SP - Divulgação/Gaeco - Divulgação/Gaeco
19.jul.2018 - Dinheiro apreendido na ação
Imagem: Divulgação/Gaeco

Ainda de acordo com ele, a partir da prisão dos 12 acusados pelo Gaeco, uma outra operação foi deflagrada. As investigações querem identificar se o grupo fazia lavagem de dinheiro a partir da exploração dos jogos.

Os 12 foram levados ao Fórum Criminal de Mogi das Cruzes, onde foram ouvidos pelo promotor Frederico Vieira Silvério da Silva, responsável pela denúncia. De lá, foram para distritos policiais, para cumprimento dos mandados de prisão.

Ao todo, 11 promotores participaram da operação, além de agentes da corregedoria da Polícia Civil e de oficiais e praças da Polícia Militar. Procurada, a Secretaria da Segurança Pública confirmou a operação e o resultado dela.

No início do ano, três oficiais da PM paulista foram presos em uma operação do Gaeco pela mesma acusação. Segundo a denúncia, eles facilitavam o funcionamento das casas de jogos em bairros nobres da capital.