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Suspeito de assassinar comandante de batalhão da PM no Rio é preso

Carro do comandante do 3º BPM foi atingido por ao menos 17 tiros - José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo
Carro do comandante do 3º BPM foi atingido por ao menos 17 tiros Imagem: José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

25/07/2018 19h56

Um dos suspeitos de participar do assassinato do comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro, tenente-coronel Luiz Gustavo de Lima Teixeira, foi preso na noite desta quarta-feira (25).

Segundo a PM, um homem identificado como Matheus do Espírito Santo Severino foi detido na comunidade da Cachoeirinha, no Complexo do Lins, zona norte da capital. A prisão aconteceu em operação conjunta com a polícia civil do Rio.

26.out.2017 - O comandante do 3º BPM (Batalhão da Polícia Militar), tenente-coronel Luiz Gustavo Teixeira, foi baleado e morreu nesta quinta-feira (26). O crime aconteceu na rua Hermengarda, na região do Méier, zona norte do Rio de Janeiro - Divulgação/PMERJ - Divulgação/PMERJ
O tenente coronel Luiz Gustavo Teixeira, morto após ataque a tiros no ano passado
Imagem: Divulgação/PMERJ

A PM informou ainda que o homem também é acusado de participar da morte do tenente Guilherme da Cruz Lopes, subcomandante da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Vila Kennedy, na zona oeste do Rio. Ele foi morto durante um assalto a uma lanchonete em fevereiro deste ano. 

O comandante Teixeira morreu após ter sido vítima de um ataque a tiros em outubro de 2017 na rua Hermengarda, na região do Méier, na zona norte carioca. O veículo no qual o comandante estava, descaracterizado e conduzido por um outro PM, foi atingido por ao menos 17 tiros. O motorista também foi baleado, mas sobreviveu.

Um vídeo gravado após o crime mostra policiais socorrendo o comandante. As imagens mostram colegas puxando o corpo do oficial e o colocando dentro de um carro da PM. Em seguida, Teixeira chegou a ser levado para o centro cirúrgico do Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, mas não resistiu aos ferimentos.

O comandante estava na corporação havia 26 anos e era pai de dois filhos. Ele esteve à frente do batalhão por um ano e seis meses.

Entre 2011 e 2014, o oficial trabalhou na Secretaria de Estado de Segurança Pública. A pasta informou que ele foi "fundamental na construção, criação de normas e gestão do CICC", em referência ao Centro Integrado de Comando e Controle.

À época, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB), disse em nota considerar "inaceitável" e "lamentar profundamente a morte trágica" do comandante do 3º BPM. "Solidarizo-me com a família e todos os policiais militares do Estado, especialmente aqueles sob o seu comando. Não vamos descansar enquanto os responsáveis por esse crime hediondo não estiverem nas mãos da Justiça."