Rio: mulher morre após ser baleada na cabeça dentro de casa durante confronto entre PMs e traficantes

Uma mulher morreu após ser baleada na cabeça nesta sexta-feira (3) dentro de casa durante um tiroteio entre policiais militares do 16º BPM (Olaria) e traficantes nas comunidades Furquim Mendes e Dique, em Vigário Geral, na zona norte do Rio de Janeiro.

Ela foi encaminhada ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, também na zona norte. A direção informou que Maria da Luz Silva morreu na unidade hospitalar.

Ao jornal “Extra”, o filho de Maria contou que a socorreu. “Eu saí correndo de onde estava e fui ver minha mãe. Minha sobrinha havia ligado dizendo que ela estava passando mal. Encontrei minha mãe no chão com tiro na cabeça. Eu sinto ódio desse país, desse Rio de Janeiro”, afirmou o pedreiro Fábio José da Silva.

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A PM confirmou que fazia uma operação na região e que “populares pediram auxílio para socorrer uma senhora que havia sido baleada”. “Uma viatura do batalhão fez a escolta do carro em que a senhora estava sendo conduzida até o Hospital Estadual Getúlio Vargas”, disse a corporação, em nota. 

A PM afirma ainda que, durante a operação na rua Dique, criminosos atiraram contra os policiais. Durante o confronto, um dos suspeitos foi baleado e também levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas. Outro suspeito, cuja identidade não foi revelada, morreu na operação. A DH (Divisão de Homicídios) investiga o caso.

De acordo com a PM, uma pistola calibre 9 mm e um radiocomunicador foi apreendido.

Mãe de motorista morto em tiroteio sofre AVC

A favela de Vigário Geral fica em frente ao bairro de Parada de Lucas. Traficantes de facções rivais vêm disputando o controle do tráfico em Parada de Lucas desde a tarde de ontem.

Um intenso tiroteio ontem paralisou parte da avenida Brasil, que divide as duas comunidades. Luiz Vidal morreu na hora ao ser alvejado com um tiro na cabeça. Três pessoas ficaram feridas.

A mãe de Vidal sofreu um AVC ao saber da morte do filho, segundo relatou ao UOL uma prima dele. De acordo com a promotora de eventos Fernanda Viana Vieira de Batista, 38, a mãe de Vidal, Janice Vidal, 61, teve um AVC leve e foi encaminhada a uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Lá, foi medicada e encaminhada para casa.

“Ele vivia para a família e para a mãe. Era um menino muito querido e muito correto”, lamentou Fernanda. “Ela já tinha alguns problemas de saúde e teve um AVC leve quando soube da morte do Luiz, mas já está em casa”, relatou.

Segundo a prima de Vidal, começaram a circular fake  news (notícias falsas) vinculando o rapaz ao tráfico de drogas. “É mentira, já descobrimos quem espalhou. Ele era soldador, trabalhou em diversos estaleiros com carteira assinada durante anos. Foi demitido por causa da crise econômica do Rio. Precisou virar motorista de aplicativo, não teve jeito”, afirmou.

“Ele era uma pessoa totalmente voltada para a família, perdeu o pai há sete anos e assumiu o sustento da casa da mãe. Tinha um filho de três anos e era louco por ele. Como contar para uma criança que o pai, que era seu herói, morreu desse jeito?”, questiona.