PSOL aciona Justiça contra perfis que divulgaram fotos de corpo de Marielle
O PSOL informou na noite desta sexta-feira (14) que foi à Justiça contra dois perfis do Twitter que divulgaram fotos dos corpos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Segundo o partido, uma representação foi protocolada junto ao MP (Ministério Público) do Rio de Janeiro pedindo que os perfis sejam investigados. As mensagens teriam sido publicadas nesta quinta-feira (13).
O assassinato de Marielle e Anderson completa nove meses justamente nesta sexta. Eles foram mortos no dia 14 de março, quando se deslocavam de carro pelo centro carioca. Um veículo emparelhou com o deles e efetuou uma série de disparos, que mataram Marielle e Anderson no local.
Uma das mensagens publicadas junto às fotos no Twitter faz menção à futura ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, a pastora Damares Alves.
Ela virou alvo de piadas na internet com o compartilhamento de um vídeo em que ela afirma ter visto Jesus em cima de um pé de goiaba. Damares disse que foi vítima de pedofilia e, aos dez anos de idade, pensou em se matar, mas mudou de ideia ao ter a visão.
"Oi gente super iluminada e pra frentex que ta fazendo piada com uma mulher que foi estuprada. Eu queria saber se ta liberado fazer piada daquela presunta lá atrás chamada @mariellefranco ou só é permitidas piadas com estupro e morte quando são vocês quem fazem (sic)", diz o tuíte.
"Caiu na rede!!! Marielle Franco levou pouco tiro (sic)", diz a outra mensagem publicada na rede social.
Para o PSOL, ao publicarem a foto até então desconhecida, os donos dos perfis estão praticando o crime de vilipêndio de cadáver, além de estarem causando dor e ofendendo a imagem e honra subjetiva de familiares, amigos e do próprio partido.
O partido ainda sustenta que, possivelmente, trata-se de uma imagem de propriedade da polícia ou dos próprios assassinos, pois teria sido tirada de dentro do veículo onde estavam Marielle e Anderson.
Em nota publicada no site da legenda, o PSOL pede a "ampla investigação e as consequentes providências penais e civis contra os envolvidos".
Investigação da morte de Marielle e Anderson
Em entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal "O Estado de S. Paulo", o secretário de Segurança do Rio, general Richard Nunes, afirmou que Marielle foi assassinada porque interferiu em interesses de milicianos sobre o loteamento de terras em regiões periféricas da capital fluminense.
Ainda nesta manhã, a polícia fez apreensões na casa e no gabinete do vereador do Rio Marcelo Siciliano (PHS), acusado de envolvimento no assassinato.
Deputado estadual pelo PSOL, Marcelo Freixo contestou as declarações do general. "Pode ser milícia? Pode. Alguma questão fundiária? Pode. Mas não acredito que apenas esse debate tenha colocado a vida dela em risco. A investigação só avança quando provas são apresentadas. Frases não bastam", afirmou.
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