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Após chuvas, São Bernardo decreta calamidade; Santo André pede doações

11.mar.2019 - Corpo de Bombeiros resgata moradores em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, que ficaram ilhados devido à forte chuva que atingiu a cidade - Anderson Gores/Agência F8/Estadão Conteúdo
11.mar.2019 - Corpo de Bombeiros resgata moradores em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, que ficaram ilhados devido à forte chuva que atingiu a cidade Imagem: Anderson Gores/Agência F8/Estadão Conteúdo

Bernardo Barbosa

Do UOL, em São Paulo

11/03/2019 20h34Atualizada em 12/03/2019 02h20

O prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB), decretou hoje estado de calamidade pública no município da Grande São Paulo, horas após as chuvas que inundaram parte da região metropolitana na noite passada.

Caso o estado de calamidade pública seja reconhecido pela União, a cidade de mais de 800 mil habitantes poderá receber ajuda financeira do governo federal. Além disso, as famílias atingidas pela enchente poderão usar o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

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Houve 12 mortes em decorrência das chuvas na região metropolitana, uma delas em São Bernardo do Campo. Segundo a Prefeitura, um motociclista tentou atravessar um alagamento em frente ao Shopping Cristal, mas caiu na água e se afogou. Uma mulher que estava na garupa sobreviveu.

A Prefeitura local anunciou uma série de medidas emergenciais para as famílias atingidas, entre elas a entrega de vale-refeição e vale-transporte; acordo com a Sabesp para uso gratuito de água por 30 dias, para limpeza das casas; 170 vagas para desabrigados em abrigos e hotéis; e bolsa aluguel para quem perdeu a casa.

O município ainda não informou quantas pessoas estão desabrigadas. Quinze casas foram interditadas na Rua da Bica, na Vila São Pedro, e outras poderão ter o mesmo destino após vistoria. Os moradores estão sendo levados para abrigos.

Segundo a Defesa Civil estadual, o volume de chuva em São Bernardo do Campo entre as 18h de ontem e 9h de hoje foi de 177 milímetros -- quase o dobro do que estava previsto pela Somar Meteorologia para as próximas duas semanas (95 mm entre os dias 11 e 25 de março). Uma família ficou ilhada por 20 horas em um posto de gasolina.

Quase 800 atendidos em Santo André

Na vizinha Santo André, também na Grande São Paulo, a Prefeitura informou que atendeu 799 pessoas desde a noite de ontem e cadastrou 230 famílias em programas sociais. Essas famílias foram orientadas a se abrigar em casas de amigos e parentes.

A Prefeitura está pedindo doações de produtos para a limpeza dos locais atingidos pela chuva: vassoura, rodo, saco de lixo de 100 litros, balde de 5 litros, água sanitária, pano de chão, pá de lixo, sabão em pó, luvas para limpeza, desinfetante, esponja de aço e sabão em barra.

O Fundo Social de Solidariedade da cidade receberá doações no prédio da Prefeitura; nos Cras (Centros de Referência de Assistência Social); e nas Lojas Solidárias, localizadas nos shoppings Atrium, Shopping ABC, Grand Plaza Shopping e Shopping Santo André (conhecido como Shoppinho).

Em São Caetano do Sul, a Prefeitura informou que vai conceder benefícios a moradores atingidos pela chuva como isenção de IPTU e ajuda financeira, mas os valores ainda não foram definidos. O número de afetados ainda está sendo calculado.

Em Ribeirão Pires, onde quatro pessoas morreram, 19 imóveis foram interditados pela Defesa Civil. Os moradores destes locais receberam da Prefeitura kits de alimentos, itens de higiene e roupas. As famílias afetadas estão em casas de parentes e conhecidos.