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Prefeitura do Rio pede para população ficar em casa e suspende aulas

Gabriel Sabóia

Do UOL, no Rio

09/04/2019 07h53Atualizada em 10/04/2019 13h05

Pancadas de chuva voltaram a cair na manhã de hoje no Rio mantendo a cidade em estágio de máximo crise (em uma escala de um a três), que teve início às 20h55 de ontem. Três mortes foram confirmadas em função das tempestades. Em entrevista à GloboNews, o prefeito Marcelo Crivella (PRB) reconheceu que o trabalho de prevenção não foi efetivo e pediu que as pessoas fiquem em casa.

"(O trabalho de prevenção de crise) Não foi efetivo não. Imaginávamos que viria chuva forte, mas não imaginávamos que fosse cair com tanta força na zona sul", reconheceu Crivella. As aulas na rede municipal de ensino foram canceladas e foi decretado ponto facultativo nas repartições estaduais da região metropolitana do Rio.

O Centro de Operações da Prefeitura informou que a previsão meteorológica para as próximas horas é de mais temporais para as próximas horas. "A gente gostaria de pedir às pessoas que não saíssem de casa.", disse Crivella.

No total, 39 sirenes foram acionadas em 21 comunidades e áreas de riscos de deslizamentos. Pela quarta vez desde que ficou pronta em 2016, um trecho da Ciclovia Tim Maia, que margeia a orla de parte da zona sul, desabou. Desta vez, não houve vítimas. Ainda assim, Crivella disse que o uso da via é seguro.

"A Ciclovia Tim Maia é segura, sim, desde que não tenha desabamento. Sempre que há chuva forte nós pedimos para que não usem, a interditamos. Pedimos às pessoas para que não saiam de casa, evitem", completou Crivella.

Importantes vias da cidade continuavam interditadas na manhã de hoje. A avenida Niemeyer, que liga as zonas sul e oeste da cidade, está fechada por causa de um deslizamento de terra na encosta do morro do Vidigal.

A autoestrada Grajaú-Jacarepaguá está fechada nos dois sentidos, de acordo com a prefeitura, por iminência de deslizamentos.T

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Três mortes confirmadas e um desaparecido

No total, três pessoas morreram em função das tempestades. Um homem identificado como Guilherme Fontes, 30, foi encontrado no bairro da Gávea, na zona sul. Relatos deram conta de que ele teria caído de uma moto e se afogado. O bairro foi um dos mais atingidos da região.

Pela manhã, funcionários da prefeitura ainda tentam remover árvores caídas e carros que foram arrastados para o meio das ruas pela correnteza.

Também na zona sul, no morro da Babilônia, no Leme, duas irmãs morreram soterradas por um deslizamento. Elas foram identificadas como Doralice Nascimento, 58, e Gerlane Nascimento, 51.

Um homem continua sendo procurado por homens da prefeitura no bairro do Leme. Testemunhas disseram que ele se afogou no início da manhã.

Choveu mais do que em fevereiro

De acordo com a prefeitura, em um intervalo de quatro horas choveu mais do que nos dias 6 e 7 de fevereiro, quando fortes chuvas atingiram a cidade pela última vez, provocando deslizamentos de terra e seis mortes.

A Defesa Civil do Rio informou que foram feitas 1.700 ocorrências de risco por causa das chuvas. A região da Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade, foi a que concentrou maior volume de alagamentos choveram 212 mm.

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