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Rio: polícia prende suspeito de matar jovem com tiro na nuca

Marcela de Souza Oliveira foi encontrada morta após cinco dias desaparecida - Reprodução
Marcela de Souza Oliveira foi encontrada morta após cinco dias desaparecida Imagem: Reprodução

Gabriel Sabóia

Do UOL, no Rio

05/06/2019 18h10

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na tarde de hoje, um dos suspeitos de ter participado do assassinato de Marcela de Souza Oliveira, 26, encontrada morta no último sábado (1º), com tiro na nuca, em um rio de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Segundo as investigações, Moisés Amorim da Silva teria participado do crime, cuja motivação ainda é desconhecida pela polícia. O suposto envolvimento dele no assassinato não foi informado. O homem apontado como autor do disparo que matou Marcela, identificado como Nilton Pereira, continua foragido. O UOL não localizou a defesa dos suspeitos.

Policiais da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense chegaram a Moisés através do rastreamento do celular da vítima (o aparelho foi vendido pela internet poucas horas após o crime).

O depoimento de Moisés é considerado fundamental para que a polícia entenda o porquê do crime e a sua dinâmica.

Jovem sonhava ser policial

Marcela se preparava havia um ano para um concurso de auxiliar de necropsia da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

"Ela era muito estudiosa, gostava muito de ler e passava a noite estudando. Ela sonhava em ter estabilidade e queria dar uma vida melhor para os pais dela e achava que sendo aprovada em concurso público conseguiria isso. Ela fazia muitos cursos na internet também", relatou ao UOL o namorado dela, o vidraceiro William Santos, 33.

O corpo dela foi localizado em avançado estado de decomposição no rio Iguaçu, onde a bolsa e o casaco da vítima também foram encontrados. Marcela foi achada por dois pescadores que acionaram a polícia. O pai reconheceu o corpo através de uma tatuagem nas costas. A Polícia Civil informou que o corpo não tinha sinais de violência sexual.

Santos afirmou que ele e a namorada quase não saíam de casa. O casal completaria um ano de namoro no dia 29 de junho. Os dois se conheceram quando Marcela se mudou de Belford Roxo, também na baixada, para Nova Iguaçu.

"Passamos a ser vizinhos, nos conhecemos e começamos a namorar. Ela era uma menina muito tranquila. Pensava mais nos outros no que nela. Éramos muitos caseiros, ficávamos em casa vendo televisão e gostávamos de um churrasquinho em família."

O namorado revelou ainda que, mesmo desaparecida, ele e a família tinham esperanças de encontrá-la bem. "A gente nunca imaginou que ia encontrar ela morta. Passava pela nossa cabeça que alguém ia ligar pedindo resgate e que ia ficar tudo bem", disse.

O rio Iguaçu é um lugar de difícil acesso e fica cerca de 40 minutos da casa do namorado. William contou que, no dia em que Marcela desapareceu, saiu às 7h para trabalhar e deixou a namorada dormindo na casa dele.

"Saí cedo de casa. Ela ficou dormindo, daria comida para as cachorras e depois encontraria os pais mais tarde para almoçar, mas quando cheguei à noite, ninguém sabia onde ela estava", disse o vidraceiro.

A família passou uma semana buscando informações sobre o paradeiro da vítima. Mensagens em redes sociais foram postadas na internet na tentativa de localizar a estudante.

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