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PM agride estudante durante protesto em Campina Grande (PB) e é afastado

Colaboração para o UOL, em João Pessoa

14/06/2019 13h53Atualizada em 14/06/2019 21h07

Um policial militar foi flagrado em vídeo dando um tapa no rosto de um estudante durante manifestação na manhã de hoje em Campina Grande (PB). No vídeo, é possível observar os dois discutindo antes da agressão. A confusão aconteceu em frente a uma empresa de telemarketing, onde os manifestantes impediam a entrada dos funcionários para trabalhar.

O governador da Paraíba, João Azevedo (PSB), afastou o PM. Ele vai ficar em funções administrativas enquanto o caso é apurado.

Em nota, o comando do 2º Batalhão da PM informou que o fato ocorrido no bairro do Cruzeiro "está sendo analisado". Disse que "as equipes estiveram no local para atender a um chamado dos próprios trabalhadores da unidade, antes das 6h, que estariam sendo impedidos de entrarem no ambiente de trabalho".

A nota segue dizendo que, quando os PMs chegaram, encontraram o grupo de manifestantes com faixas, bloqueando o acesso, e que "um deles, que estava mais exaltado, entrou em discussão com um dos policiais".

Ainda de acordo com a PM, o policial que aparece nas imagens em discussão com o manifestante foi chamado para apresentar detalhes do fato, que as imagens serão analisadas, e o caso, objeto de apuração mais detalhada por parte da corporação.

O presidente da CUT-PB (Central Única dos Trabalhadores na Paraíba), Paulo Marcelo, disse que lamenta o ocorrido em Campina Grande e que a central repudia qualquer tipo de violência.

"A gente esperava uma polícia cidadã no estado inteiro, não para se confrontar. Se tivesse alguém mais alterado, que fizesse uma reunião, não chega a bater. Deixo aqui o nosso repúdio", declarou. Segundo Marcelo, apesar do fato ocorrido com a PM, a manifestação se deu de forma tranquila no estado.

Trânsito complicado e bloqueios

Na Paraíba, as manifestações começaram antes das 5h, causando intenso congestionamento no trânsito de João Pessoa e Campina Grande, além de bloqueios em locais estratégicos. Na capital, manifestantes se reuniram em frente aos portões das principais empresas de transporte coletivo urbano, impedindo a circulação dos ônibus.

O presidente da CUT informou que a adesão nessas cidades foi de cerca de 70%. Os atos serão suspensos agora à tarde, com o transporte coletivo sendo liberado. Por volta das 15h, os manifestantes realizam ato na Lagoa do Parque Solon de Lucena, centro de João Pessoa.

Na Paraíba, mais de 50 cidades aderiram ao movimento, segundo a CUT, em protesto contra a reforma da Previdência, cortes na educação e os índices de desemprego no país.