Protesto no Rio tem detidos, bombas e tiros de balas de borracha
A Polícia Militar jogou bombas de gás lacrimogêneo e disparou tiros de balas de borracha ao final do ato contra a reforma da Previdência no começo da noite de hoje, no centro do Rio.
A manifestação, que percorria a avenida Presidente Vargas em direção à Estação Central e começou de forma pacífica, foi dispersada.
Quatro pessoas foram detidas e dois policiais ficaram feridos. A PM não informou se registrou manifestantes feridos.
Segundo o coronel Mauro Flies, porta-voz da Polícia Militar do Rio, eles foram inicialmente agredidos por manifestantes com garrafas, pedras, paus e rojões e, a partir daí, iniciaram "uso progressivo da força não letal para dispersar os manifestantes". O efetivo continua nas ruas, uma vez que, ao lado da manifestação, estava acontecendo uma festa. Uma mochila de coquetéis molotov foi apreendida.
O CML (Comando Militar do Leste) disse que "houve tumulto e exaltação entre os participantes, levando a Polícia Militar a intervir para garantir a lei e a ordem". "O CML estava guardando o patrimônio público e histórico (Palácio Duque de Caxias e Pantheon de Caxias) e não foi preciso intervir, já que a Polícia Militar cumpriu sua missão de modo efetivo", finaliza a nota.
A PM não informou a quantidade de manifestantes presentes no ato.
Mais protestos em outras cidades
Manifestações contra a reforma e pela educação foram convocadas para a tarde de hoje pelas centrais sindicais e aconteceram em pelo menos sete capitais.
São Paulo também teve bombas de gás lacrimogêneo ao final do ato. Na rua da Consolação, manifestantes atearam fogo em sacos de lixo e a Polícia Militar respondeu com bombas de gás lacrimogêneo. O ato se dispersou por ruas laterais.
Faixas e camisetas exaltaram a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Houve cartazes contra o ministro da Justiça, Sergio Moro, e o procurador Deltan Dallagnol, que tiveram conversas vazadas pelo site The Intercept Brasil.
Líderes da esquerda, como Fernando Haddad, Gleisi Hoffmann, Guilherme Boulos e Eduardo Suplicy engrossaram o ato em São Paulo. Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), 14 pessoas foram detidas no estado: dez na capital, após evento na avenida Francisco Morato, e quatro em Sorocaba, após depredação de um micro-ônibus.
Em Curitiba, manifestantes foram à praça Santos Andrade, próxima à reitoria da UFPR (Universidade Federal do Paraná). Segundo a Polícia Militar, o protesto ocorreu de forma pacífica, com estimadas 3.000 pessoas.
No Nordeste, Natal, Teresina, Maceió e Recife tiveram atos contra a reforma.
Em Maceió, manifestantes foram liderados por um minitrio elétrico e levaram bandeiras e cartazes criticando os cortes do governo federal. O ato foi encerrado por volta das 19h. Em Recife, manifestantes bloquearam ruas e a ponte Princesa Isabel, na região central.
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