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Mulher acusa dona de brechó de agredi-la com ferro em SP; polícia investiga

Bárbara Kelly dos Santos Dias, logo após a agressão que diz ter sofrido no brechó - Arquivo pessoal
Bárbara Kelly dos Santos Dias, logo após a agressão que diz ter sofrido no brechó Imagem: Arquivo pessoal

Bruna Alves

Colaboração para o UOL, em São Paulo

03/07/2019 16h18

Uma mulher prestou queixa ontem na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Registro (SP) acusando a dona de um brechó de agredi-la com uma barra de ferro na cabeça. O bazar fica no prédio de uma ONG de proteção a animais. O caso ocorreu na sexta-feira (28) e está sendo investigado.

Bárbara Kelly dos Santos Dias, 31, disse à polícia que a proprietária do estabelecimento, a comerciante C.R.O., a teria impedido de entrar na loja, dando início a uma discussão.

"Quando eu cheguei, ela estava na porta me esperando e falou que eu não ia entrar, porque eu só mexo e reviro as coisas, mas não compro nada", disse Bárbara, afirmando que a comerciante também ofendeu seus filhos.

Em sua versão, Bárbara disse que ficou nervosa e bateu no balcão do brechó de C.R.O, que teria revidado com a agressão.

"Ela deu dois golpes na minha cabeça, e, mesmo vendo o sangue escorrendo, continuou me batendo, até que uma senhorinha me ajudou e chamaram a polícia", disse Bárbara. "Ela me humilhou e gritou na frente de todo mundo dizendo que eu não tinha dinheiro."

Quando a PM chegou, Bárbara já havia sido encaminhada à UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) da cidade, onde levou alguns pontos na cabeça.

A reportagem do UOL não conseguiu contatar a comerciante.

Apuração

O delegado responsável pelo caso, Daniel Rocha, disse que as investigações estão em andamento. "Acabei de expedir uma ordem de serviço para verificar se há câmeras de monitoramento no local", afirmou.

Segundo a polícia, C.R.O. foi até a delegacia, mas não quis relatar o que ocorreu no dia da suposta agressão. Até o momento, ela não teria constituído advogado para sua defesa.

O que diz a ONG

Em nota, a ONG Grupo de Proteção aos Animais disse que o brechó de C.R.O. ocupava um espaço alugado pela organização e que a confusão não envolveu seus funcionários nem integrantes. "O incidente ocorreu com terceiros que estavam no interior da loja. Lamentamos o fato", diz o comunicado.

Ainda segundo a ONG, após o ocorrido, o brechó foi fechado.