Homem armado faz reféns em ônibus na Ponte Rio-Niterói
Durou pouco mais de três horas o sequestro de um ônibus com passageiros na manhã de hoje na Ponte Rio-Niterói, sentido Rio de Janeiro. O veículo estava parado na pista desde às 6h (de Brasília) e o sequestro acabou por volta das 9h05, quando foram ouvidos tiros, logo após o suspeito descer do veículo para deixar um objeto que levava nas mãos. Depois dos disparos, o homem caiu ao lado do ônibus. Às 9h18, a Polícia Militar (PM) confirmou o término do sequestro com a liberação dos 39 reféns. A PM e a secretaria municipal de Saúde confirmaram a morte do sequestrador identificado como Willian Augusto da Silva, de 20 anos.
Antes de o suspeito ser baleado, seis reféns haviam sido liberados durante as três horas de sequestro. Ainda não se sabe as motivações do homem, que tinha em seu poder um revólver 38, um taser, uma faca e um galão de gasolina, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que conduziu as negociações logo após o sequestro.
O Batalhão de Operação Policiais Especiais (BOPE) chegou ao local por volta das 7h (de Brasília) e assumiu o comando das negociações atendendo a uma exigência do sequestrador. As conversas haviam sido iniciadas pela PRF. Segundo a "TV Globo", o homem pediu para que a polícia providenciasse o afastamento da imprensa pois não quer ser filmado.
No Twitter, a Polícia Militar do Rio de Janeiro informou pela manhã que estava "atuando na Ponte Rio-Niterói, pista sentido Rio, em apoio à Polícia Rodoviária Federal, para uma ocorrência com tomada de reféns em um ônibus". O ônibus é da Viação Galo Branco e faz parte da linha 2520, que sai do Jardim Alcântara, em São Gonçalo, em direção ao Estácio, na região Central do Rio.
Imagens da TV Globo mostraram seis reféns - quatro mulheres e dois homens - sendo liberados e recebendo atendimento médico. Uma mulher desmaiou ao sair do ônibus.
Em outra imagem, o homem surge na porta do ônibus arremessando um objeto com fogo para fora. Por conta da presença do galão de gasolina em seu poder, a polícia posicionou extintores ao lado do veículo em caso de necessidade.
O porta-voz da PM do Rio de Janeiro, Mauro Fliess, disse que há indícios de que a ação foi premeditada. Ele ainda informou ao UOL que há relatos que o homem teria se identificado como policial militar, mas que está informação só poderá ser verificada após o fim da ocorrência.
"A possibilidade de ser um PM não está confirmada, só conseguiremos após uma rendição dele. As características são de que foi algo premeditado, ele tinha instrumentos para fazer coquetel molotov e imobilizar as vítimas. O batalhão já inicia a negociação. Temos plena confiança na capacidade dos PMs e no apoio da PRF que iremos conseguir gerir essa crise e ter um final satisfatório. Pedimos às pessoas que estão no engarrafamento para que dentro do possível mantenham a calma e se mantenham em segurança".
Em entrevista à "Globonews", a esposa de um dos passageiros do ônibus disse que falou com ele por mensagem por volta das 5h30 e depois não conseguiu mais contato.
Pelo Twitter, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, afirmou que acompanha o caso. "Estou acompanhando desde cedo, com atenção, o sequestro do ônibus na ponte Rio Niterói. Estou em contato direto com o comando da Polícia Militar, que trabalha para encerrar o caso da melhor maneira possível. A prioridade absoluta é a proteção dos reféns", escreveu.
O ônibus
O ônibus sequestrado é o 2520, da Viação Galo Branco, que faz o trajeto do Jardim Alcântara, em São Gonçalo, na região metropolitana, e vai até o Estácio, na região Central do Rio de Janeiro. O coletivo no estilo executivo faz viagens diárias e passa ao todo por oito vias importantes de São Gonçalo, três de Niterói e outras oito na capital Fluminense. As viagens são diárias e o valor é de R$ 13,30. A empresa conta com 260 ônibus que também fazem outros trajetos.
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