Refém ferida em assalto a Viracopos recebe alta após 12 dias
Resumo da notícia
- Mulher foi feita refém por 2 horas após assalto em aeroporto de Viracopos
- Criminoso ficou com ela e a filha de dez meses em sua casa em Campinas
- Ela foi atingida e levada para o hospital, onde ficou por 12 dias
- Ainda não se sabe se o tiro partiu da polícia ou do sequestrador
A mulher de 37 anos que foi baleada após ter sido feita refém por um dos criminosos que participaram do assalto ao aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), recebeu alta na tarde de ontem. A informação foi confirmada pelo hospital Beneficência Portuguesa, onde estava internada havia 12 dias.
A refém, que não teve o nome divulgado, foi atingida por uma bala quando ainda estava sob controle do bandido, no último dia 17 de outubro. Ainda não se sabe se o tiro partiu da polícia ou do sequestrador.
Segundo o irmão dela, Carlos Melo, ela está bem de saúde e decidiu sair de Campinas por um tempo. Assim que recebeu alta, foi para casa de parentes em Minas Gerais. A filha dela viajou junto.
A mulher foi feita refém, dentro da própria casa, durante duas horas (das 12h às 14h), junto à sua filha, de apenas dez meses, por um criminoso que tentava fugir da polícia após participar de um roubo no aeroporto.
O sequestrador foi identificado como Luciano Santos Barros, 40. Ele morava em São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo, e tinha uma passagem na polícia por tráfico de drogas em 2008.
Barros ligou para o 190, informou que estava com as vítimas e pediu que a imprensa fosse ao local. Depois de duas horas, o Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) informou que ele foi morto após ser atingido por um sniper. A criança deixou a casa no colo de uma policial militar.
A PM deu duas versões sobre o ferimento da refém. Inicialmente, foi divulgado que havia sido atingida na região dos glúteos por estilhaços de disparo do sniper.
No dia seguinte, a corporação afirmou que, "em atenção à grave ocorrência registrada na cidade de Campinas, a PM informa que a senhora mantida refém por um dos criminosos foi atingida durante a intervenção policial e precisou passar por cirurgia. Seu estado de saúde ainda inspira cuidados e desejamos a ela pronta recuperação".
"A PM informa, ainda, que, conforme determinam os protocolos e procedimentos da corporação para ocorrências envolvendo confronto policial e óbito, foi instaurada investigação para apurar as circunstâncias da ação. Os resultados da apuração serão apresentados à sociedade assim que o trabalho investigativo for concluído", complementou.
Assalto teve perseguição e tiroteios
Na manhã do último dia 21, uma quadrilha fortemente armada invadiu o terminal de cargas do aeroporto e atacou um carro da Brinks, levando malotes com dinheiro.
Houve perseguição e tiroteios. Três criminosos foram mortos e ao menos dez fugiram. Dois vigilantes da Brinks, um major da PM e uma mulher tomada como refém também ficaram feridos. Os malotes com dinheiro foram recuperados.
Até agora, três suspeitos de participação no assalto a um carro-forte no terminal de cargas do aeroporto de Viracopos foram presos. Com eles, foram apreendidas uma metralhadora, uma pistola e drogas, além de uma quantia de R$ 14 mil em dinheiro.
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