Ouvidor: Corregedoria vai investigar ação da PM em baile de Paraisópolis
O ouvidor das polícias, Benedito Mariano, afirmou que vai pedir oficialmente que a Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo fique à frente da investigação interna sobre a ação dos policiais militares durante o baile de Paraisópolis, quando nove pessoas morreram pisoteadas, na madrugada de hoje.
"Já telefonei ao corregedor da PM, coronel Marcelino Fernandes, para que seja a Corregedoria responsável pela investigação e não o batalhão onde atuam os policiais militares envolvidos neste caso gravíssimo", afirma Mariano.
Por sua vez, a Polícia Militar instaurou inquérito policial militar (IPM) para apurar todas as circunstâncias relativas ao fato. O caso está sendo registrado no 89º Distrito Policial (Jardim Taboão).
Um vídeo encontrado pela reportagem mostra que policiais militares espancaram dois adolescentes depois da ação no baile funk, em uma viela da comunidade.
Frequentadores relataram que a PM cercou todas as saída do local. O cerco teria levado quem estava na rua a correr para uma viela — e o resultado foi a morte de pelo menos nove pessoas pisoteadas. A Polícia Militar nega ter encurralado os frequentadores.
Durante entrevista coletiva na tarde de hoje, o porta-voz da PM, tenente-coronel Emerson Masseira, afirmou ter conhecimento que algumas imagens divulgadas nas redes sociais sobre ação dos policiais militares "sugerem excessos".
"Nós recebemos as imagens, todas as imagens estão incluídas no inquérito policial militar para ser analisadas. Não temos certeza que tudo tenha acontecido nesta madrugada. Algumas imagens nos sugerem abuso, ação desproporcional. Evidentemente, o rigor vai responsabilizar quem cometeu algum excesso, algum abuso", afirmou Massera.
"O rigor da apuração vai responsabilizar quem eventualmente cometeu algum excesso, algum abuso", acrescentou.
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