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Ministério manda Backer mapear lotes de cerveja contaminada em estados

Cerveja Belorizontina, da cervejaria Backer - Divulgação
Cerveja Belorizontina, da cervejaria Backer Imagem: Divulgação

Marcellus Madureira

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

11/01/2020 13h36

O Ministério da Justiça determinou que a cervejaria Backer, produtora da Belorizontina, mapeie os locais de entrega dos lotes L1 1348 e L2 1348, ambos contaminados com a substância dietilenoglicol, conforme laudo apresentado pela Polícia Civil.

A ordem foi dada por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também reforçou a solicitação de recolhimento dos lotes.

A cervejaria informou, em coletiva, na noite dessa sexta-feira, que os lotes contaminados foram distribuídos em São Paulo, Brasília e Espírito Santo.

No entanto, não ficou claro em quais cidades os lotes foram distribuídos. Em Minas Gerais, a fabricante informou que cidades da região metropolitana, do centro oeste, além das históricas e turísticas Ouro Preto e Tirandentes, também receberam garrafas com a substância. O levantamento deve ser entregue em dois dias.

Os consumidores poderão ser ressarcidos ou trocarem qualquer lote da bebida.

Backer discorda de laudo

A Backer contestou o laudo da Polícia Civil e reforçou que o dietilenoglicol não é utilizado em seu processo produtivo. Além disso, os tanques e máquinas vão ser inspecionados e amostras da Belorizontina serão enviadas para análises laboratoriais.

A diretora de marketing, Paula Lebbos, salientou que a empresa busca respostas rápidas para seu público.

"É importante informar que essas 33 mil garrafas de cerveja foram para várias regiões e somente ali no Bairro Buritis (em Belo Horizonte) estão acontecendo os casos. É importante a gente entender isso. A gente quer respostas também. Queremos analisar e queremos que o cliente da Backer tenha respostas", ressaltou.

Sabotagem

Com vários questionamentos diante da grave situação que a cervejaria se encontra, a diretora de marketing, Paula Lebbos, não descarta a hipótese de sabotagem da cervejaria com uma de suas principais marcas, a Belorizontina, como alvo. "Nesse momento não acredito em nada e acredito em tudo", concluiu.