SP: Após tentar bloqueio de avenidas, Bruno Covas estuda retorno do rodízio
Do UOL, em São Paulo
06/05/2020 19h29
O prefeito Bruno Covas (PSDB) afirmou hoje que a Prefeitura avalia retomar o rodízio de carros na capital paulista. A decisão representaria uma mudança na abordagem da gestão, que até agora tentou bloquear avenidas para diminuir a circulação na cidade:
"Infelizmente, pessoas não entenderam o recado, o bloqueio não surtiu efeito. Já estamos estudando outras medidas e queremos ver se até sexta apresentamos outras ações a partir de segunda-feira da semana que vem", disse o prefeito em entrevista à GloboNews.
De acordo com Covas, o retorno do rodízio não necessariamente seguirá as regras de antes da pandemia: existe a possibilidade de restringir a circulação de carros em toda a cidade ou durante o dia todo, e não somente nos horários de pico. A decisão será anunciada na sexta-feira (8) e, se houver mudança, as novas regras entrarão em vigor na segunda-feira (11).
Sobre a possibilidade de reabertura do comércio, o prefeito afirmou que os números de mortos e contaminados apontam na direção contrária, e a fiscalização deve aumentar em São Paulo:
"Temos 82% de ocupação de leitos da UTI, não podemos ter as pessoas tentando retomar seu dia a dia, porque isso pode causar aumento ainda maior. Mais um apelo à população: sabemos do sacrifício que já foi feito, mas a única forma de enfrentar o coronavírus hoje, com a falta de vacina e medicamento, é o isolamento social. Os números mostram bom resultado de ter apostado na quarentena, e pedimos compreensão das pessoas. Quando as pessoas ajudarem na fiscalização, isso ajuda o poder público."
Mais cedo, em entrevista ao programa Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, Bruno Covas afirmou que não pretende implantar lockdown na cidade, mas que não descarta a possibilidade caso os números continuem a subir:
"Todo mundo espera que a gente possa voltar ao normal. Eu não tenho nenhum prazer pessoal em fechar o Parque Ibirapuera, em fechar comércio, restringir circulação. Eu gostaria muito que a gente pudesse voltar amanhã à normalidade. Só que os índices da área da saúde mostram algo completamente diferente."