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MPF denuncia milicianos suspeitos de matarem policial federal no Rio

Polícia federal Ronaldo Heeren foi morto em viatura descaracterizada - Divulgação/MPF
Polícia federal Ronaldo Heeren foi morto em viatura descaracterizada Imagem: Divulgação/MPF

Do UOL, em São Paulo

09/06/2020 12h19Atualizada em 09/06/2020 16h44

O Ministério Público Federal denunciou ontem à Justiça Federal dois seguranças clandestinos de um grupo miliciano que atua na Comunidade do Rola, em Santa Cruz, no Rio de Janeiro. Dejavan Esteves dos Santos, o "Armeiro", e Wenderson Eduardo Rodrigues Francisco, conhecido como "Cara de Vaca", são suspeitos pelo assassinato do agente de polícia federal Ronaldo Heeren, em fevereiro deste ano.

Os dois já eram foragidos da Justiça Estadual e foram presos em 20 de fevereiro. Durante a revista no imóvel em que eles estavam escondidos, a polícia encontrou duas pistolas, uma delas utilizada no crime, de acordo com perícia realizada pela Polícia Federal.

A denúncia apresentada diz que Ronaldo Heeren e um parceiro voltavam de uma diligência em Santa Cruz em uma viatura que não era caracterizada como da Polícia Federal. Os milicianos efetuaram tiros contra os policiais acreditando que eram traficantes do "Comando Vermelho". Heeren foi atingido na cabeça e morreu; já o companheiro conseguiu fugir até receber apoio policial.

Segundo as autoridades, os milicianos mandaram modificar a cena do crime e picharam a viatura com inscrições do "Comando Vermelho".

Cabe à Justiça receber ou não a denúncia. Se isso acontecer, os dois milicianos virarão réus pelo assassinato do policial.