Ele corre de sunga no frio congelante de Porto Alegre: 'Me sinto quentinho'

Eduardo André Viamonte, conhecido nas redes sociais como "Cara da Sunga", participou do "Encontro com Fátima Bernardes" de hoje para explicar por que sai para correr só de sunga, luvas, touca e máscara no frio congelante em Porto Alegre.

Ele contou como nasceu o seu hábito de correr com pouca roupa: "Eu sou um maratonista experiente, já corria 20 km por dia há um bom tempo. Daí um dia fui buscar a minha namorada na época para correr, mas esqueci de colocar a parte de cima [a camiseta]. Como ela estava ali pronta, resolvi ir daquele jeito".

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"Era um dia frio, e as pessoas diziam 'vai ficar doente, vai pegar pneumonia, vai morrer!'. Como não morri, e achei a sensação de não sentir o suor gelado muito agradável, daquele dia em diante eu nunca mais corri de roupa", disse.

Proteção nas extremidades

Com o tempo, Eduardo desenvolveu melhor o hábito e decidiu incluir no seu "look" de corrida algumas proteções: luvas, touca e, em meio à pandemia do coronavírus, máscara.

"Eu aprendi que 40% do calor a gente perde pelas extremidades, então assim eu me sinto absolutamente preparado, quentinho e super imune", comentou.

Não é recomendado

Fátima Bernardes arrematou a entrevista do convidado com as informações de uma reumatologista, que não recomendou que as pessoas sigam o exemplo de Eduardo.

"O principal risco é a hipotermia, quando a temperatura do corpo baixa muito, e a pessoa pode até morrer de uma parada cardíaca", explicou.

Ela também deu dicas para quem quer praticar corrida no frio: vestir-se em camadas, para poder tirar as roupas conforme o corpo esquenta; proteger as extremidades, como mãos, pés, orelhas e nariz; cobrir a pele exposta com cremes; e observar sinais como tremores, tontura e dormências.