Flordelis prometeu até viagem para que filho não a denunciasse, diz polícia
Além de planejar a morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, Flordelis (PSD-RJ) teria prometido vantagens financeiras para convencer os filhos a não incriminá-la, segundo a Polícia Civil. Alexander Felipe, conhecido como Luan, contou em depoimento que Flordelis havia prometido uma viagem aos Estados Unidos caso ele desistisse de depor.
Segundo Luan, Flordelis sempre foi contrária à viagem, mas, logo depois do crime, disse que usaria um cartão de crédito para comprar as passagens dele, da mulher e do filho — desde que eles viajassem o mais rápido possível e sem prestar depoimento à polícia.
Já para Lucas Cezar dos Santos, a deputada prometeu regalias na cadeia se ele confessasse ter matado Anderson por vontade própria, sem interferência dela. Lucas é filho do casal e está preso acusado de comprar a arma usada no crime.
Flordelis apresentou à polícia uma carta em que Lucas assumia a autoria do assassinato, mas o rapaz disse que apenas copiou um texto enviado pela mãe que confessava o crime e envolvia outros dois irmãos. A carta chegou ao presídio de Lucas por meio de Andreia Santos Maia, também presa ontem.
Segundo a polícia, Andreia sabia que a carta era falsa e seria usada no inquérito policial, e recebeu R$ 2 mil para prestar esse serviço por meio do marido, o ex-policial militar Marcos Siqueira, que dividia a cela com Lucas.
Onde estão os filhos
Presos ontem, os cinco filhos e uma neta de Flordelis foram transferidos hoje para o complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu (zona oeste do Rio). Inicialmente detidos na carceragem da Delegacia de Homicídios de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, eles foram conduzidos na noite de ontem para o presídio de Benfica (zona norte do Rio), onde passaram por triagem.
Segundo a Polícia Civil, os filhos da deputada (Marzy Teixeira da Silva, Simone dos Santos Rodrigues, André Luiz de Oliveira, Carlos Ubiraci Francisco Silva e Adriano dos Santos) e a neta Rayane dos Santos Oliveira se negaram a prestar depoimento sobre a morte do pastor, ocorrida em junho de 2019. A filha Simone precisou de atendimento médico, e outros pediram calmantes.
Flordelis, que é pastora e acusada de ser mandante do crime, não foi presa por ter imunidade parlamentar. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou ontem que a Casa vai analisar e decidir quais providências tomar em relação ao caso dela.
*Com Estadão Conteúdo
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