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Filhos e neta de Flordelis vão para Bangu e se recusam a prestar depoimento

Flordelis e o marido Anderson, assassinado em junho de 2019, com suspeitas de participação dos filhos da mulher - Reprodução/Instagram
Flordelis e o marido Anderson, assassinado em junho de 2019, com suspeitas de participação dos filhos da mulher Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

25/08/2020 16h14Atualizada em 26/08/2020 15h02

Acusados de envolvimento no assassinato do pastor Anderson do Carmo, cinco filhos e uma neta da deputada federal Flordelis (PSD) estão presos em unidades do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. Até o momento, eles se negaram a prestar depoimento. As informações são do RJ1.

Presos após a "operação Lucas 12" da Polícia Civil e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, Marzy Teixeira da Silva, Simone dos Santos Rodrigues, André Luiz de Oliveira, Carlos Ubiraci Francisco Silva, Adriano dos Santos e Rayane dos Santos Oliveira passaram por triagem ontem de noite, no presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio.

A Seap (Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro) não divulgou em quais unidades prisionais estão os acusados, por motivos de segurança.

Flordelis denunciada como mandante do crime

Na manhã de ontem, Flordelis foi denunciada como a mandante do assassinato do marido Anderson do Carmo, morto em 2019. Como tem imunidade parlamentar, ela não será presa agora, diferentemente dos demais membros da família.

Segundo a polícia, a deputada tentou matar o marido por envenenamento um ano antes de ele ser baleado. Ela é acusada de homicídio triplamente qualificado, homicídio tentado, associação criminosa, uso de documento ideologicamente falso e falsidade ideológica.

O delegado titular da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo, Antônio Ricardo, afirmou ontem que 20% da família da deputada está envolvida na morte do pastor. Nove integrantes da família — composta pelo casal e 54 filhos (a maioria adotivos) — foram denunciados. Oito deles estão presos.

O advogado Anderson Rollemberg, que defende Flordelis, disse não ver elementos que sustentem a acusação contra a parlamentar. "Temos aqui o desfecho da segunda fase da investigação, em que a autoridade policial apontou que a deputada Flordelis seria a mandante deste crime. Ao ver da defesa, não há elementos, mínimos que fossem, para ela receber esse tratamento de ser indiciada, denunciada, como mandante desse terrível crime", alegou Rollemberg.