RJ: Polícia prende médico com registro cassado que atuava em clínica ilegal
Policiais da Decon (Delegacia do Consumidor) interditaram ontem uma clínica de estética irregular em Bonsucesso, no Rio de Janeiro. Um médico — que já tinha o seu registro profissional cassado há 5 anos e possui 35 anotações criminais — e a dona da clínica, que atuava como esteticista, foram presos suspeitos de fazerem lipoaspirações clandestinas no espaço.
De acordo com informações da Polícia Civil, três pacientes estavam em macas já passando por procedimentos de lipoaspiração quando a polícia chegou. As pacientes foram levadas a um hospital para o atendimento de primeiros socorros e, após o atendimento, prestaram depoimento na delegacia.
A operação foi nomeada como "Clínica da Morte" pois o local, que era liberado apenas para fazer depilações e maquiagens, fazia procedimentos ilegais e sem higiene. Ainda na operação foram apreendidos materiais usados em lipoaspirações, anestésicos e outros objetos.
A investigação aponta que as cirurgias eram realizadas em datas especificas e no período noturno para evitar a fiscalização. Segundo a delegada Daniela Terra, outro atrativo eram os preços baixos.
"Essas clínicas geralmente oferecem preços muito baratos. É o primeiro indício de que não é uma clínica de boa procedência", contou a delegada ao jornal O Globo.
O médico preso possui o registro cassado há cinco anos no CRM (Conselho Regional de Medicina). Segundo o jornal O Globo, ele também possui 35 anotações criminais por homicídios culposos — quando não há intenção de matar —, falsidade ideológica, lesão corporal, estelionato, associação criminosa e exercício ilegal da medicina.
"O Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro) não informa para a gente [polícia] o motivo de a licença dele ter sido cassada. Mas a gente apurou que, com certeza, foi em função de procedimentos realizados ocasionando lesão corporal ou a morte. Isso sem sombra de dúvida", disse Terra.
Ambos os suspeitos serão autuados por estelionato, exercício ilegal da profissão, lesão corporal e falsidade ideológica. O homem e a mulher foram presos e levados à administração penitenciária para ficarem a disposição da justiça.
A reportagem não encontrou a defesa dos suspeitos até a publicação da nota.
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