Mansão de R$ 6 mi em Curitiba é alvo de operação contra tráfico de drogas
Uma operação da Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal, sequestrou mais de R$ 40 milhões em bens ligados a uma organização criminosa acusada de envio de cocaína para a Europa. Entre os bens sequestrados está uma casa que, segundo a PF, foi comprada pelo chefe do grupo por aproximadamente R$ 6 milhões.
A operação ainda cumpre 39 mandados judiciais, sendo 9 de prisão preventiva, 2 de prisão temporária e 28 de busca e apreensão em cidades do Paraná (Curitiba, Paranaguá, Matinhos, Campo Largo), de São Paulo (São Paulo, Santos, Santo André, Peruíbe, Atibaia) e de Santa Catarina (Itapema, Balneário Camboriú, Itajaí, Camboriú e Urubici).
A Justiça Federal, em Curitiba, determinou o bloqueio de contas de 68 pessoas físicas e jurídicas, que, segundo as investigações, tiveram movimentação suspeita de aproximadamente R$ 1 bilhão, entre 2018 e 2020. O montante total dos valores bloqueados ainda não foi contabilizado. Na lista de bloqueios há ainda três empresas que eram utilizadas pela organização criminosa para a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.
Investigação
Segundo a PF, as investigações foram iniciadas em 2019 e apontam que os integrantes da organização criminosa utilizavam empresas fantasmas e de fachada para comprar mercadorias de origem orgânica para dificultar a atuação dos órgãos de fiscalização e segurança. As mercadorias eram acondicionadas em contêineres também usados para esconder centenas de quilos de cocaína enviados à Europa.
Durante a investigação, foram apreendidos 240kg de cocaína no Porto de Paranaguá. No local, os policiais encontraram cocaína escondida em uma carga de madeira que seria levada para a Bélgica.
A Justiça Federal expediu ainda um mandado de prisão preventiva de um brasileiro que se passava por empresário na Espanha, mas era suspeito entre as organizações criminosas brasileiras e europeias. Ele recebia a droga que vinha escondida em meio à carga lícita que era enviada.
Narcobroker
O nome da operação foi inspirado na junção de dois termos comumente utilizados em investigações de tráfico internacional de drogas: o termo em inglês broker (negociador) e narco, que em tradução livre para o espanhol significa traficante.
*Com informações da Agência Brasil.
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