Condenado a 108 anos por estupro coletivo foge de presídio em João Pessoa
Eduardo dos Santos Pereira, detento condenado a 108 anos de prisão por participação um estupro coletivo ocorrido em 2012, fugiu da Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes, em João Pessoa (PB). Segundo a polícia, ele foi o mentor intelectual do crime contra cinco mulheres no município de Queimadas, no interior da Paraíba. Duas das vítimas foram mortas porque teriam reconhecido os criminosos.
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária da Paraíba, o preso fugiu por uma porta lateral que dá acesso ao almoxarifado do presídio na noite de ontem. Quatro policiais penais que faziam a segurança do local prestaram depoimento na Central de Polícia, e um deles vai responder por facilitação culposa. Ele não foi preso, segundo confirmou a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança da Paraíba.
O estupro coletivo teria sido premeditado, segundo apontaram as investigações na época. O crime foi praticado durante uma festa de aniversário do irmão de Eduardo. Além dele, outros seis homens foram presos e condenados. Três adolescentes também tiveram participação. O crime chegou a ser denunciado como assalto para despistar a polícia.
Isabella Pajuçara e Michelle Domingos, assim como as outras mulheres, eram amigas dos acusados. Na época, Eduardo e o irmão foram presos quando acompanhavam o cortejo fúnebre até o cemitério da cidade. Eduardo foi condenado em 2014 por dois homicídios, cinco estupros, cárcere privado, formação de quadrilha, porte ilegal de arma e corrupção de menores.
O complexo fica em uma área afastada de João Pessoa, e foi palco, em 2018, de uma explosão e fuga em massa de 92 detentos pelo portão principal.
Detento de bom comportamento
O secretário-executivo da Administração Penitenciária, João Paulo Barros, confirmou a fuga e disse que foi a primeira registrada nesses moldes. Segundo ele, o portão lateral pelo qual Eduardo fugiu não tinha sinais de violação. Ele disse ainda que foi aberto procedimento administrativo disciplinar que vai apurar o ocorrido.
Uma comissão vai decidir, após a apuração dos fatos, se os policiais penais serão ou não responsabilizados. A pena pode ir de advertência a demissão.
"Se a comissão entender pelo afastamento, assim acontecerá, mas no momento é precoce falar sobre isso. O caso será apurado", afirmou o secretário.
Conforme Barros, os agentes perceberam a falta do detento no momento da contagem, na noite de ontem. "Esse detento trabalhava na cozinha, então os presos que trabalham na cozinha se recolhem mais tarde porque eles preparam a janta e servem aos demais. No momento da contagem, foi notada a falta", explicou o secretário.
Segundo ele, Eduardo, dentro do presídio, tinha um bom comportamento, sem "nenhum fato que o desabone dentro do cárcere".
Por fim, o secretário disse que desde ontem estão sendo feitas diligências para tentar recapturar o fugitivo. Ele disse que a população pode ajudar ligando de forma anônima para os números 190 ou 147.
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