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PF prende trio em PE após denúncias internacionais de pornografia infantil

Investigações começaram em 2020 e tiveram informações oriundas de EUA e Canadá - Polícia Federal/Divulgação
Investigações começaram em 2020 e tiveram informações oriundas de EUA e Canadá Imagem: Polícia Federal/Divulgação

Ed Rodrigues

Colaboração para o UOL, no Recife

21/01/2021 12h09

Três pessoas foram presas pela Polícia Federal em Pernambuco por suposto envolvimento em uma rede internacional de pornografia infantil. Entre elas, um homem suspeito de ter estuprado a própria enteada.

As prisões ocorreram após denúncias internacionais, dos Estados Unidos e do Canadá, terem chegado até a PF. As duas operações deflagradas pela corporação hoje culminaram também na apreensão de vários equipamentos com conteúdo criminoso.

Os trabalhos contaram com informações repassadas pelo Centro Nacional de Coordenação de Exploração Infantil da Polícia do Canadá e pelo NCMEC (National Center for Missing and Exploited Children), órgão de inteligência norte-americano.

A cooperação identificou uma rede de distribuição, por meio de aplicativos de troca e compartilhamento de arquivos e mensagens, contendo imagens de cenas de sexo explícito envolvendo crianças e adolescentes, com dados de usuários brasileiros responsáveis pela distribuição do material pornográfico.

"Por lei, nos Estados Unidos, as empresas prestadoras de serviços de internet são obrigadas a relatarem casos de suspeita de exploração sexual infantil que trafeguem em suas redes. Foram registradas 32 ocorrências envolvendo tais condutas através de diversos aparelhos celulares do suspeito", explicou Giovanni Santoro, coordenador de comunicação da PF em Pernambuco.

"As investigações tiveram início em 2020 através de informações e o recebimento de denúncias sobre crimes relacionados a abuso sexual infantil e desaparecimento de crianças", continuou o policial federal.

As buscas e apreensões ocorreram no litoral sul do estado e nas cidades de Feira Nova e Gravatá, ambas do agreste pernambucano.

Dois suspeitos responderão por adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente. Se condenados, podem pegar de um a quatro anos de reclusão.

Já o suspeito de violentar a própria enteada, segundo a PF, deve responder pelos crimes de estupro de vulnerável, prática da produção, compartilhamento e armazenamento de conteúdo pornográfico infantil. As penas acumuladas para esses crimes variam de 4 a 16 anos de reclusão.