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Homem que usava Tinder para cometer furtos é preso; há pelo menos 8 vítimas

Aparelhos eram repassados a comparsas para revenda - Polícia Civil do RJ/Divulgação
Aparelhos eram repassados a comparsas para revenda Imagem: Polícia Civil do RJ/Divulgação

Tatiana Campbell

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

12/02/2021 12h04

A Polícia Civil do Rio de Janeiro busca por novas vítimas do homem de 55 anos que atraía mulheres através do aplicativo Tinder para furtar celulares. Segundo as investigações, ele usava um perfil falso e se passava como oficial da Força Aérea, ostentando carros de luxo.

De acordo com o delegado Wellington Vieira, titular da 22ª DP (Penha), uma das vítimas decidiu ajudar a polícia e marcou um novo encontro se passando por uma outra mulher. Ele foi preso em flagrante na noite de quarta-feira (10). O homem — que não teve a identidade divulgada — aplicava os golpes desde 2012 e sempre escolhia os alvos com o mesmo perfil: vítimas na faixa dos 50 anos.

"Ele se passava por oficial da Aeronáutica e ganhava a confiança das vítimas. No encontro, iludia essas mulheres e subtraia pertences, principalmente telefone celular. Ele escolhia mulheres acima de 50 anos de idade, desenvolvia uma conversa e migrava para o aplicativo de mensagens. No primeiro encontro, ele já aplicava o golpe", explicou o delegado.

A polícia identificou, até o momento, oito mulheres que já foram vítimas deste homem. Os agentes localizaram registros de ocorrência nos bairros da Penha, na zona norte do Rio, em Botafogo e no Largo do Machado, ambos na zona sul. Ele vai responder pelos crimes de furto qualificado, associação criminosa e receptação.

As investigações mostraram que ele agia com a ajuda de outros três comparsas. Após os celulares terem sido furtados, eram rapidamente vendidos com a ajuda destes outros integrantes. Um deles foi preso também na quarta no Terminal Rodoviário Américo Fontenelle, na Gamboa, centro do Rio, local onde alguns destes aparelhos eram comercializados. Com ele, a polícia apreendeu 28 celulares que ficarão expostos na delegacia da Penha.

O delegado Wellington Vieira fez um pedido para que "potenciais vítimas compareçam na 22ª DP para reconhecer sua foto [do homem preso] e recuperar o telefone subtraído". Agora, a Polícia Civil tentar localizar os outros dois comparsas envolvidos no esquema.