Assaltante invade UPA, atira em segurança e faz enfermeiras reféns no Pará
Pacientes e funcionários de uma Unidade de Pronto Atendimento do município de Marituba, na região metropolitana de Belém, viveram momentos de terror no final da noite de ontem. Um assaltante armado invadiu o hospital, atirou no segurança e fez duas enfermeiras reféns.
No momento havia muitos pacientes esperando atendimento e houve tumulto. Funcionários se trancaram nas salas para se proteger. Nenhum refém ficou ferido. O assaltante foi atingido com um tiro na perna e só se entregou após mais de duas horas e meia de negociações.
De acordo com a polícia, a invasão da unidade de saúde aconteceu após a fuga do suspeito de um assalto no município vizinho de Benevides. O assaltante que entrou no posto estaria em um grupo de quatro, que havia acabado de roubar um carro e trazia o motorista de refém. O veículo seria usado para roubar postos de combustível na região.
Perseguição
A polícia foi acionada e uma viatura começou a acompanhar o bando. "Recebemos informações da família do refém de que eles estavam seguindo no sentido Marituba", conta o tenente da PM Wanderley Santana. Na rodovia BR-316, próximo ao posto de saúde, os policiais conseguiram interceptar o veículo. Na tentativa de escapar, o grupo foi para a UPA. Três deles se renderam e liberaram o motorista na chegada ao hospital.
Houve troca de tiros com os seguranças do hospital, e o assaltante que não havia se rendido foi atingido na perna e correu para dentro da UPA.
De acordo com Santana, um Guarda Municipal que faz a segurança do prédio foi atingido no peito, mas foi salvo pelo colete à prova de balas.
O assaltante então invadiu uma das enfermarias e fez duas enfermeiras reféns. As negociações foram longas e as reféns foram liberadas somente depois das 23h. "Ele só aceitou se entregar com a chegada da mãe e da imprensa", afirmou o tenente.
O suspeito foi identificado pela PM como Luís Gustavo Rodrigues de Oliveira, 23 anos, que estava foragido do sistema penal havia quatro anos por roubo. Ele foi levado à delegacia do município. Com ele foram apreendidas uma arma calibre 38, uma metralhadora caseira, uma faca e um celular.
Segundo Santana, ele deve responder por ao menos pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo, cárcere privado duas vezes, no veículo e na UPA, e tentativa de homicídio do Guarda Municipal.
Prefeitura lamenta
Em nota, a Prefeitura de Marituba lamentou o ocorrido e informou que enquanto as negociações ocorriam, equipes da unidade de saúde transferiram pacientes para uma ala mais afastada do prédio para resguardá-los. Uma parte dos servidores foi dispensada do serviço.
Os atendimentos da UPA ficarão suspensos para a reconstrução das estruturas danificadas, prestar apoio aos servidores afetados e para o reforço da segurança no local.
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