Justiça mantém preso vereador que agrediu chefe da Vigilância Sanitária
O vereador e presidente da Câmara Municipal de Cajuru (SP), Wagner Donizete Pereira (PSDB), vai continuar preso, segundo decisão da Justiça. Ele foi flagrado agredindo o chefe da Vigilância Sanitária da cidade anteontem, 30, em frente à delegacia.
Wagner recebeu voz de prisão em flagrante quando agrediu com socos e chutes Antonio Mandu, responsável pela Vigilância Sanitária de Cajuru. Na ocasião, o homem estava indo registrar um boletim de ocorrência contra o vereador por incentivo ao descumprimento das medidas sanitárias no combate ao coronavírus.
O presidente da Câmara interrompeu uma entrevista que o funcionário da prefeitura estava concedendo a uma emissora de TV e partiu para a agressão, sendo contido por policiais, que o levaram preso em flagrante por lesão corporal.
Um dia após o ocorrido, Wagner passou por audiência de custódia e o juiz Guaci Sibille Leite decidiu transformar o flagrante em prisão preventiva. O magistrado lembrou em sua decisão que o vereador ofendia policiais militares em transmissões realizadas em suas redes sociais e chegou a agredir um delegado durante um mandado de busca e apreensão, por conta de outro processo.
"Esse contexto evidencia que, caso permaneçam em liberdade, certamente voltarão a delinquir e o cometimento de novo fato denota que continuam praticando delitos. A prisão processual certamente é necessária para garantia da ordem pública", diz trecho da decisão.
Depois de o flagrante ser convertido em prisão preventiva, o vereador foi levado à cadeia de Santa Rosa de Viterbo (SP) enquanto aguarda uma vaga em um CDP (Centro de Detenção Provisória) da região.
De acordo com a Polícia Civil, um inquérito foi aberto contra o presidente da Câmara e ele será investigado por agredir e tentar impedir o registro de um Boletim de Ocorrência. Além disso, Wagner também será investigado por desrespeitar medidas sanitárias. A Polícia Civil informou ainda que o vereador já é investigado em outros 14 inquéritos policiais, a maioria aberto em 2021, por denúncias semelhantes.
A defesa de Wagner Donizete Pereira informou que irá recorrer da decisão no Tribunal de Justiça de São Paulo.
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