O partido divulgou nota informando que pedirá a criação de um comitê na Câmara dos Deputados que investigue rigorosamente os assassinatos. A nota também informou que fará ainda hoje um pedido de criação de uma Comissão Externa para o acompanhamento das investigações.
A líder do PSOL na Câmara dos Deputados, Talíria Petrone (RJ), demonstrou indignação com a ação policial, que foi a mais letal na história do estado, e disse que "não é possível que pessoas negras e faveladas continuem sendo alvo dessa política genocida".
"Mais de 25 pessoas foram mortas pelo braço armado do Estado, que segue seu plano genocida. O governador do Rio e o Procurador Geral de Justiça do Estado precisam iniciar uma rigorosa investigação sobre a ação policial e nos dar uma reposta sobre essa barbárie. Não só a nós, mas às famílias, aos moradores, cidadãos e cidadãs do Rio", disse Petrone.
O documento também é assinado pela bancada do PSOL na Alerj (Assembleia Legislativa do estado do Rio de Janeiro), pelo líder do partido na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, Tarcísio Motta, e pela deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ).
Operação
Ao menos 25 pessoas foram mortas durante operação da Polícia Civil contra o tráfico na zona norte do Rio de Janeiro. Um agente e outras 24 pessoas que, segundo a polícia, seriam suspeitas, foram baleadas.
Segundo um levantamento feito pelo Geni (Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos) da UFF (Universidade Federal Fluminense) a pedido do UOL, a ação de hoje já é a mais letal da história do Rio de Janeiro.
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