MPF denuncia 11 por tráfico de drogas internacional em aviões privados
Onze pessoas foram denunciadas pelo MPF (Ministério Público Federal) pelo crime de organização criminosa voltada ao tráfico internacional de drogas, à lavagem de dinheiro, à falsificação e ao uso de documentos falsos.
A denúncia é resultado da operação Flight Level, deflagrada pela Polícia Federal em abril deste ano que resultou na prisão dos líderes do grupo André Luiz Santigo Eleutério e Leonardo Costa Nobre e no sequestro de 15 veículos, cinco imóveis e oito aeronaves.
As investigações tiveram início em outubro de 2020, após apreensão, no Aeroporto Internacional de Lisboa (Portugal), de um avião executivo brasileiro que partiu de Belo Horizonte. Nele eram transportados 175 kg de cocaína, guardadas em malas de viagem transportadas por três brasileiros.
Segundo a denúncia, Eleutério e Nobre ocultavam e dissimulavam a origem ilícita dos ganhos da organização por meio de sucessivos atos de lavagem de dinheiro, especialmente mediante o registro da propriedade de bens em nome de pessoas não existentes ("fantasmas") e de membros da organização com menor destaque ou exposição pública.
Os onze denunciados são: Rafaela Gonçalves Fonseca, Ariovaldo de Araujo, Walison da Silva Rocha Amaral, Jean Robert Kobayashi Junior, Alexsander Leonidas dos Santos, Hugo Leonardo Sousa Mari, Sheila Vitoriano Calixto, Walison da Silva Rocha Amaral, Maria das Gracas Nobre (mãe de Leonardo), Alexsander Leonidas dos Santos e Diego Paulo Moreira Ferreira. O UOL não conseguiu contato com as defesas dos citados pelo MPF.
A investigação concluiu que o grupo usava o hangar da empresa BHZ Táxi Aéreo, no aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, para despachar as drogas, e identificou a divisão de tarefas dos integrantes da organização. Ariovaldo e Walison foram os responsáveis pela logística do embarque da droga que foi apreendida em Portugal. O embarque dos três brasileiros que foram presos foi feito com o auxílio dos dois.
Já Rafaela, Jean, Alexsander, Hugo, Diego e Maria, mãe de Leonardo, cederam seus nomes para o registro das várias empresas ou bens do grupo criminoso. A investigação revelou que a organização possuía oito empresas, além de dois veículos de luxo e quatro imóveis, todos registrados em nomes dos demais integrantes do grupo criminoso ou em nomes de fantasmas.
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