Topo

Esse conteúdo é antigo

Funcionária de padaria é agredida após pedir para cliente colocar máscara

A atendente Adriana Araújo teve que passar por cirurgia para colocar placa no braço, que foi quebrado  - Reprodução/TV Tem
A atendente Adriana Araújo teve que passar por cirurgia para colocar placa no braço, que foi quebrado Imagem: Reprodução/TV Tem

Do UOL, em São Paulo

14/06/2021 21h54Atualizada em 15/07/2021 20h02

A atendente de uma padaria foi agredida por um cliente em Palmares Paulista, no interior de São Paulo, após pedir para que ele seguisse os protocolos de prevenção contra a covid-19, colocando a máscara.

O homem, um ajudante de motorista de 45 anos, foi ao estabelecimento no bairro Jardim União no final da tarde de sexta-feira (11), de acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública ao UOL.

Em entrevista à TV Tem, afiliada local da TV Globo, a vítima, identificada como Adriana Araújo, de 38 anos, mostrava hematomas no rosto e o braço imobilizado, depois de uma cirurgia para colocação de uma placa. Ela contou que pensou que não iria escapar viva da situação.

"Eu vi a morte, sabe? Eu pensava na minha mãe, nos meus filhos, e eu não acreditava mais que eu ia sobreviver, porque tinha muita gente olhando e ninguém fazia nada. Aí eu caí, fiquei zonza, vi sangue saindo da minha boca, e falei: 'agora vou morrer, não tem jeito mais'", afirmou.

Segundo a TV local, depois que o homem se exaltou com o pedido para colocar a máscara, Adriana tentou escapar das agressões correndo pela rua paralela ao comércio, mas ele a alcançou.

"Ele perguntou meu nome, eu falei, e pedi novamente para ele colocar a máscara. Aí ele já ficou nervoso e as coisas que ficam em cima do balcão, doces, essas coisas, ele já jogou para cima de mim. Não satisfeito, ele deu a volta no balcão, entrou, mas no que ele entrou eu já saí correndo, aí eu fiquei na frente da padaria, achando que ele ia parar, e falei que ia chamar a polícia", detalhou a atendente.

Diante da cena, moradores da vizinhança tentaram conter o homem, mas as agressões só pararam completamente com a chegada da polícia.

De acordo com nota da Secretaria de Segurança Pública ao UOL, além de socorrerem Adriana, os policiais militares que atenderam à ocorrência verificaram que o homem também havia sido agredido por populares. Por este motivo, ele também foi encaminhado ao pronto-socorro.

O caso foi registrado como lesão corporal pelo plantão da Delegacia Seccional de Catanduva, que solicitou perícia ao Instituto Médico Legal (IML). Após registro da ocorrência, o homem foi solto.

"Ele entrou no meu local de serviço, não sei por quanto tempo eu vou ficar nessa situação, e enquanto eu estava no hospital passando dor, sofrendo, ele estava na casa dele. Então não é justo, eu quero justiça", concluiu Adriana à TV Tem.