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Baleia danifica barco, e pescadores são resgatados na Baía de Guanabara

Marcela Lemos

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

30/06/2021 10h50

Dois pescadores precisaram ser resgatados na Baía de Guanabara, após o barco onde estavam ser atingido por uma baleia jubarte. Segundo os pescadores, o animal, que está na região há uma semana e já havia sido visto por outras embarcações, provocou uma rachadura na lateral do barco.

Um vídeo mostra os homens em um barco, após o resgate, sem ferimentos, mas assustados.

Segundo o ambientalista Sérgio Ricardo, um dos fundadores do Movimento Baía Viva, o fenômeno é raro e mostra que a Baía de Guanabara, mesmo com tanta poluição, ainda está viva. Ele explicou que a entrada da jubarte na região pode ter ocorrido por conta da procura por alimento e também para se reproduzir.

"É um fenômeno raro e histórico. São sinais da natureza que indicam que a baía está viva. Alguns fatores podem justificar o aparecimento dela na região como a busca de alimento e reprodução", disse o ambientalista ao UOL.

O ambientalista lembra que normalmente o intenso tráfego de embarcações da Baía de Guanabara mantém os animais desse porte distantes da região.

"Há baleias de passagem em outros pontos do Rio de Janeiro, mas na Baía de Guanabara não lembro de registro nas últimas três décadas".

Sérgio Ricardo lembra que no ano passado a presença de um tubarão baleia na região também movimentou a internet.

baleia jubarte - Wild Horizons/Universal Images Group via Getty Images - Wild Horizons/Universal Images Group via Getty Images
Foto de arquivo de uma baleia jubarte
Imagem: Wild Horizons/Universal Images Group via Getty Images

Jubartes nas praias

Essa não é a primeira vez que uma baleia jubarte é vista no Rio de Janeiro. Apesar de ser rara a presença na baía, a espécie já foi vista nas praias do Leme, na zona sul, e no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste, no mês passado.

Em fevereiro, um filhote foi flagrado na praia de São Conrado, na zona sul. O comum é que a partir de maio as jubartes façam a migração da Antártica para Abrolhos, na Bahia, e passem pelo litoral carioca na ida e na volta, pelo corredor migratório do Sudeste - o que justifica o aparecimento delas nas praias.