Manifestações contra Bolsonaro são antecipadas após denúncias de propina
Oposicionistas ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e centrais sindicais decidiram antecipar as manifestações contra a gestão federal após denúncias sobre esquemas de propina envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin serem reveladas na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid.
O ato estava agendado para acontecer dia 24 de julho, mas foi adiantado para o próximo sábado (3), e tem como objetivo pressionar a emissão do impeachment de Bolsonaro.
Em incentivo às manifestações, o líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores sem Teto), Guilherme Boulos, declarou que "dia 3 será gigante".
Cresce a importância das ruas para arrancar o genocida corrupto do governo. Use máscara, álcool em gel e solta o grito: Fora Bolsonaro!
Guilherme Boulos
Em nota, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) convocou a sociedade para participar da mobilização organizada pela "Campanha Fora, Bolsonaro". A central recomendou que a população utilize máscaras e faça distanciamento social durante o ato.
Segundo dados divulgados pelos dirigentes das mobilizações, no primeiro ato, realizado em 29 de maio, cerca de 420 mil pessoas foram às ruas em 213 cidades do país. Já em 19 de junho, os protestos reuniram mais de 750 mil pessoas em 450 cidades do Brasil e do mundo, conforme divulgado pela organização.
A CUT declarou que os fatos expostos pela CPI da Covid acrescentam à "já conhecida incompetência do governo Bolsonaro e a negação das recomendações da medicina e ciência".
O ingrediente da corrupção na compra das vacinas, tornando ainda mais urgente a denúncia e a mobilização popular para dar fim a esse descalabro
CUT
A campanha "Fora, Bolsonaro" é formada pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e pela Coalizão Negra por Direitos, que reúnem entidades como a CUT, o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), a UNE (União Nacional dos Estudantes), a CMP (Central dos Movimentos Populares) e a Uneafro Brasil.
Ministério da Saúde vai apurar denúncias
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, declarou na manhã de hoje em conversa com jornalistas que a pasta abriu uma sindicância para investigar as denúncias de propina reveladas em uma reportagem da Folha de São Paulo. As declarações de Queiroga foram transmitidas pela CNN.
Está sendo apurado. Nós instauramos uma sindicância que vai trazer conclusões. Mas enquanto isso, de maneira cautelar, nós afastamos. Não se sabe de possíveis servidores [que possam ter envolvimento]. O que nós fizemos foi o que cabia à oportunidade
Marcelo Queiroga
Na matéria, o empresário Luiz Paulo Dominguetti Pereira — que se apresentava como representante da empresa Davati Medical Supply — diz ter recebido pedido de propina de U$ 1 por dose da vacina AstraZenaca caso fechasse contrato com o Ministério da Saúde.
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