SC: Homem que fez família refém após demissão é morto pela polícia
Um homem foi morto pela polícia de Santa Catarina no final da tarde de hoje após manter uma família refém por quase dez horas em Balneário Gaivota, a 250 quilômetros de Florianópolis.
A ocorrência foi registrada por volta das oito horas da manhã de hoje no bairro Itapuã, quando o suspeito invadiu a residência dos ex-patrões em posse de uma faca. Segundo a Polícia Civil, o homem - ainda não identificado - foi morto a tiros depois de tentar atacar policiais durante as negociações para que ele se entregasse.
Mais cedo, em declaração ao UOL, o subcomandante do 19º Batalhão de Polícia Militar, major Marcelo Bertoncini Zanette, contou que o homem era funcionário da família no ramo de construção civil e tinha sido demitido há pouco tempo, o que teria motivado a ação. Segundo a polícia, o suspeito também era usuário de drogas e tinha passagens pela polícia.
"Ele disse que a vida estava difícil e foi até a residência para falar com o ex-chefe, que não estava no local, e ele anunciou o sequestro (contra a família). Na casa estavam a mulher, de 36 anos, e os três filhos do casal, um menino de quatro anos, uma adolescente de 15, e outro jovem de 16 anos. Por meio de negociação, conseguimos que ele libertasse, gradativamente, os três menores de idade", relata.
De acordo com o delegado de polícia Civil de Sombrio, responsável pela operação, Luis Otávio Pohlmann, depois de liberar o último adolescente no início da tarde, o suspeito (que disse se chamar Cristiano e ser natural do Rio Grande do Sul) continuou encarcerando a mulher por mais quatro horas.
Segundo o delegado, o homem estava sob efeito de drogas e durante toda a ocorrência não fez nenhuma exigência. No final da tarde ele liberou a última vítima, ilesa.
"A intenção dele era a própria morte", diz polícia
Depois de conseguirem que o suspeito libertasse a mulher, os policiais iniciaram a negociação pela rendição dele.
"Nesse momento foram usados mecanismos não letais como granadas de efeito moral. Mas nesse momento ele investiu contra os policiais e os policiais militares não tiveram outra alternativa a não ser desferir disparos de arma de fogo contra ele e ele acabou morrendo no local", afirmou o delegado.
Questionado pela reportagem se não haveria outra forma de imobilizá-lo, já que o suspeito portava apenas arma branca, o delegado reforçou que os policiais agiram em legítima defesa.
"A faca é tão letal como qualquer outra arma e no momento que ele partiu com ela para cima dos agentes, não restou outra alternativa aos policiais a não ser agir em legítima defesa e desferir os disparos contra ele", declarou.
Ainda conforme a versão da Polícia Civil, a análise inicial das forças de segurança era de que o sequestrador era um potencial suicida.
"Ele fez tudo para que fosse morto. Ele não teria coragem de cometer o suicídio e criou toda a situação. Resta bem evidente, porque ele já havia libertado os reféns e o ato dele partir para cima dos agentes com a faca, isso demonstrou que a intenção dele seria a própria morte" finalizou Luis Otávio Pohlmann.
A Polícia Civil vai instaurar inquérito para apurar as circunstâncias da ocorrência e tem prazo de 30 dias para concluir a investigação.
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