Professor com mestrado pede emprego em semáforos e recusa dinheiro
Um professor e jornalista que está desempregado vem usando um cartaz impresso com suas informações profissionais para pedir emprego nos semáforos da cidade de Belo Horizonte (MG). Mestre em Estudos de Linguagem e jornalista, Eduardo Durães Júnior chamou atenção na rede social LinkedIn ao publicar a estratégia, usada na quarta-feira (4).
"Hoje, minha vida imitou minha arte: estive nos semáforos na Raja Gabaglia, região oeste de BH; depois na Babita Camargos, Cidade Industrial, Contagem. Dividi minha história com o Jonh e o Guilherme, vendedores ambulantes", escreveu o homem, que conta que chegou a dividir o semáforo com um vendedor de bilhetes de loteria graduado em direito.
Vestido com camisa azul, máscara de proteção contra a covid-19 e um cartaz de quase 1 metro pendurado no pescoço, Durães Júnior queria passar uma mensagem objetiva: "Preciso de emprego". Logo abaixo: "Sou jornalista, professor e tenho um mestrado. E também uma filha pra sustentar! Você pode me ajudar?"
Junto ao cartaz, Durães Júnior também distribuiu paçocas aos motoristas, que se surpreenderam ao saber que o doce era gratuito. "A maior parte fez cara de espanto", contou. Ele relata que fez o experimento por ter se cansado de enviar currículos e não receber respostas.
Fui dar visibilidade à minha luta: pedir um emprego de verdade, algo digno, um que pague um salário pelo trabalho que executo sempre com dedicação, empenho e esforço. Enviar currículo parece não resolver. Sequer respondem: 'recebemos o documento'. Estar no LinkedIn, muito menos; ter instagram, facebook, tampouco"
"Na cidade industrial, foi melhor. Um sujeito, ao receber a paçoca, me ofereceu 5 reais: 'É pra te ajudar'. Ri e recusei, dizendo que não estava ali pra pegar dinheiro. Outro ofereceu-me moedas", postou Durães Júnior, que disse que voltará aos semáforos em breve.
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