Idosa faz aniversário de 120 anos e família sonha com recorde no Maranhão
A longevidade de Isabel Alves de Carvalho é celebrada por familiares e moradores da cidade de Bacabal (MA), a 252 km de São Luís. No último domingo (15), dona Belinha, como é conhecida, completou 120 anos de vida. A idosa, apontam os documentos, nasceu no início do século passado, em 15 de agosto de 1901. Segundo os amigos, a fé foi a responsável por garantir que ela alcançasse a marca impressionante.
Os amigos e os familiares de Isabel organizaram a festa de aniversário, que, segundo eles, já é tradição. A idade avançada não impede dona Belinha de curtir o que ela mais gosta nessas ocasiões: o bolo. "Ela gosta de festa. Só procurava pelo bolo. Adora bolo. Atualmente, ela se alimenta mais com sopa e mingual. Mas adora um cafezinho com pão, um bolo", conta a tutora da idosa, Maria Reis.
Dona Belinha peregrina pelo Maranhão desde cedo: nasceu em Coelho Neto, foi registrada em Caxias e foi morar em Coroata, onde se casou e teve uma filha, que morreu logo ao nascer. Então, decidiu se mudar para Bacabal, onde chegou a criar dois filhos adotivos.
"Quando ela veio para Bacabal, trabalhou muito tempo no mercado central vendendo comida. Depois que teve um problema, parou de trabalhar, pois ficou cega. Eu ajudo a cuidar dela desde que cheguei na cidade, há 29 anos. O marido dela morreu há muito tempo. Nem cheguei a conhecer", explicou Maria.
A tutora explica que Isabel nunca consumiu bebidas alcoólicas e nem fumou. A dedicação à igreja evangélica, da qual virou fiel há 50 anos, ainda se manifesta diariamente. "Ela faz as orações antes das refeições. É privilégio ter uma pessoa com toda essa experiência de vida perto de você. Nos passa várias lições. Aprendi a ser mais amável só a observando", disse a cuidadora.
Guinness Book
Segundo o "Livro dos recordes", o Guinness Book, uma japonesa que nasceu em 1903 como a mulher mais velha do mundo. Kane Tanaka tem 118 anos e foi reconhecida em 2019. Ela, inclusive, voltou às manchetes porque quebraria o recorde de mais antiga pessoa a participar do revezamento da tocha olímpica, nos jogos de Tóquio deste ano, mas desistiu, por medo da covid-19.
A família de Dona Belinha diz que até tentou reivindicar o título, mas esbarrou na falta de conhecimento sobre os procedimentos necessários. "Nunca nos procuraram, do livro. A gente que pensou em procurá-los. Até juntamos uns documentos, mas não conseguimos dar continuidade", explica um dos filhos adotivos, Edilson de Carvalho.
Mais do que um recorde, explica Edilson, ela precisa é de ajuda médica. Dona Belinha já não anda e nem escuta direito. O filho pede por um atendimento especializado para ajudá-la com a audição.
"Quem sabe uma consulta com especialista para depois ver um aparelho? Porque ela está cada vez mais ouvindo menos. Temos que falar bem pertinho do ouvido dela", contou.
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