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'Maníaco da Ilha do Boi': Homem é preso suspeito de manter idosa em cárcere

Antúlio Gomes Pinto, de 57 anos, sendo transferido para CDP pelo Samu - Reprodução/TV Gazeta
Antúlio Gomes Pinto, de 57 anos, sendo transferido para CDP pelo Samu Imagem: Reprodução/TV Gazeta

Colaboração para o UOL, em São Paulo

31/08/2021 12h59

Um homem de 57 anos foi preso ontem em Colatina (ES) sob suspeita de manter uma idosa de 65 anos em cárcere privado. O acusado tem antecedentes criminais e ficou conhecido como "maníaco da Ilha do Boi", após ser condenado a 100 anos de prisão por diversos crimes.

Antúlio Gomes Pinto foi encontrado em um apartamento próprio com a idosa após uma denúncia anônima registrada na polícia. Segundo a TV Gazeta, afiliada da TV Globo na região, a idosa havia se oferecido para cuidar de Antúlio no apartamento dele, em Colatina. Por conta de um AVC sofrido na prisão em 2006, ele tem necessidades especiais e se locomove com ajuda de cadeira de rodas.

Conforme relato da delegacia que apura o caso, Antúlio impediu que a mulher mexesse no próprio celular sozinha e a proibia de sair de casa. No local, os policiais encontraram sujeira, lixos, entulhos e fezes de animais. A vítima também só podia beber água da torneira.

Dono de uma distribuidora de bebidas, Antúlio foi autuado por cárcere privado, maus tratos e violência psicológica e foi encaminhado para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Colatina. À polícia, o homem negou as acusações, assim como seu advogado, em telefonema à TV.

100 anos de condenação e apelido de 'maníaco da Ilha do Boi'

Segundo a TV Gazeta, Antúlio foi preso em 2006 por manter em cárcere privado e torturar - com ferro quente e agressões físicas - sua ex-esposa e seus três filhos. A partir do crime, a polícia descobriu que ele também já havia feito outras cinco mulheres de reféns.

Por conta de um AVC e da dificuldade de locomoção causada pela doença, Antúlio foi liberado para cumprir a pena em prisão domiciliar. Sete anos depois, ele foi detido novamente por cometer o mesmo tipo de crime, mas em Minas Gerais, e foi solto por indulto humanitário expedido pela Justiça mineira.