Polícia apura se comerciante foi morto ao negar lanche a traficantes no RJ
A Polícia Civil do Rio investiga a morte de um comerciante, na madrugada de quarta-feira (3), dentro da própria lanchonete em Cordovil, na zona norte do Rio de Janeiro. João Batista, de 53 anos, foi baleado por um homem que chegou ao local com o rosto encoberto. A Delegacia de Homicídio apura uma informação que "João do Lanche", como era conhecido, foi morto após se negar a dar lanches para traficantes do Morro do Quitungo, na região.
No entanto, administradores da página da lanchonete no Facebook negam o episódio. "Não sabemos a causa da morte. Nem os familiares nem os funcionários", diz um trecho da publicação.
A lanchonete de João fica na rua João Henrique e funcionava dentro de um depósito. Ainda havia clientes no local no momento da abordagem. Uma pessoa próxima à família, que pediu para não ser identificada, contou ao UOL, que João foi o único a ser baleado no estabelecimento.
Tá todo mundo em choque, sem entender nada. Ninguém esperava. Não sabemos de desafetos ou ameaças. Ele era uma pessoa trabalhadora e muito amável. Ninguém tem ideia do motivo. Era uma pessoa querida que vivia da casa para o trabalho
A Polícia Militar foi acionada após o criminoso deixar o local. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) também foi chamado e constatou a morte da vítima.
"A área foi isolada e a perícia da Polícia Civil acionada", informou a PM através de nota.
João chegou ao Rio de Janeiro aos 18 anos para trabalhar. Vindo do Ceará, aos 30, ele começou a trabalhar em um trailer de hambúrgueres e abriu a sua primeira lanchonete em outro ponto de Cordovil. Mais tarde, ele inaugurou o Galpão dos Lanches, onde foi morto. O estabelecimento funciona entre 18h30 e 3 horas da manhã. De luto, a lanchonete fechou as portas. Ainda não há previsão de reabertura.
O trabalhador deixou a esposa e uma filha, de 25 anos.
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