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Torre na região do acidente com Marília Mendonça não era ilegal, diz Cemig

Destroços da aeronave que levava a cantora Marília Mendonça - Washington Alves/Reuters
Destroços da aeronave que levava a cantora Marília Mendonça Imagem: Washington Alves/Reuters

Do UOL, em São Paulo

06/11/2021 12h01Atualizada em 06/11/2021 18h48

A Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) divulgou nota em que afirma que a linha de transmissão atingida pelo avião que levava a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas "está fora da zona de proteção do Aeródromo de Caatinga", ou seja, não era ilegal. A Companhia já havia afirmado que a aeronave atingiu um cabo de alta tensão antes de cair, em Piedade de Caratinga (MG). Testemunhas também viram o choque.

Nos últimos três meses, dois pilotos haviam feito notificações no sistema oficial da Aeronáutica afirmando que havia uma antena e uma torre de energia sem iluminação próximos ao aeródromo de Caratinga (MG). A informação foi divulgada pela Polícia Civil na manhã de hoje. Os trabalhos são acompanhados pelos advogados de Marília Mendonça, que estão no local.

A nota da Cemig afirma, ainda, que a empresa segue "rigorosamente as Normas Técnicas Brasileiras e a regulamentação em vigor".

Técnicos da Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão ligado ao Comando da Aeronáutica, e integrantes da Polícia Civil estão realizando perícias no local do acidente de avião que provocou a morte da cantora Marília Mendonça.

Além da cantora Marília Mendonça, estavam no avião Abiceli Silveira Dias Filho, tio dela; Henrique Bonfim Ribeiro, produtor da cantora; Tarciso Pessoa Viana, copiloto do avião; e Geraldo Martins de Medeiros, piloto. Todos morreram.

O avião havia decolado de Goiânia com destino a Caratinga (MG), cidade em que Marília faria um show na noite de ontem. A aeronave estava a apenas 2 quilômetros do aeroporto onde iria pousar quando caiu. Segundo apurou o UOL, o avião se aproximou do aeroporto pelo setor oeste, quando o indicado seria pelo setor sul. Além disso, para se chocar com os fios da torre, a aeronave teria de estar voando abaixo da altitude indicada.

Primeiros passos da investigação

Segundo relatado pelo Cenipa na noite de ontem, a primeira providência dos investigadores será identificar indícios, fotografar cenas e ouvir relatos de testemunhas. Os técnicos também irão retirar partes da aeronave para análises e reunirão documentos do voo.

Ainda de acordo com o órgão, o objetivo da investigação é evitar que outros acidentes com características semelhantes ocorram.

"A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os fatores contribuintes", afirmou a FAB.