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Mulher diz ter achado rato dentro de embalagem de extrato de tomate em SC

Rato apareceu em extrato de tomate, em São Domingos (SC) - Arquivo Pessoal
Rato apareceu em extrato de tomate, em São Domingos (SC) Imagem: Arquivo Pessoal

Abinoan Santiago

Colaboração para o UOL, em Florianópolis

10/11/2021 11h54Atualizada em 11/11/2021 09h21

A dona de casa Inês Meotti, de 52 anos, diz ter tomado um susto no sábado (6) enquanto preparava o molho da lasanha que serviria no almoço, em São Domingos (SC), a 560 km de Florianópolis. Um rato morto caiu de dentro da embalagem do extrato de tomate durante o despejo do produto na panela, garante a consumidora. (Atenção, imagem potencialmente sensível à frente)

O extrato é da marca Só Frutas, indústria sediada em São Paulo. Ao UOL, a empresa considerou que a situação seria impossível porque o produto passa por rigorosos procedimentos de controles mecanizados.

"Eu comprei mais de um extrato de tomate dessa marca, mas esse era o último que restava usar. Fiz o molho em uma panela grande e quando coloquei, saiu o rato inteiro. Foi uma cena que me apavorou. Mostrei para minha mãe e ao meu pai para que as pessoas não imaginassem que era mentira, e joguei fora porque não tinha nada mais para aproveitar", relatou a doméstica ao UOL.

Inês diz que, no desespero, descartou todo produto e a embalagem. Ela agora pretende parar de comprar extrato de tomate industrializado; quer plantar o fruto no quintal para fazer o molho em casa.

Rato apareceu no meio do molho de lasanha, segundo Inês Meotti - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Rato apareceu no meio do molho para lasanha, segundo Inês Meotti
Imagem: Arquivo Pessoal

A dona de casa também acrescentou que, por enquanto, não pretende tomar nenhuma medida enquanto consumidora contra a empresa.

"Agora vou plantar tomate e fazer o meu próprio molho. Jamais irei usar industrializado. Não sei nem se tenho algum direito sobre isso, estou sem saber o que faço", afirmou ela.

Empresa nega rato em produto

A advogada Juliana Bertoni, da empresa Só Frutas Alimentos, informou que a indústria entrou em contato com Inês para recolher o produto e analisá-lo em laboratório, o que não se tornou possível por causa do descarte no lixo.

Apesar disso, a empresa nega que o produto pudesse estar com o animal dentro do pacote.

"Por mais que a consumidora tente vincular o produto a um corpo estranho, isso é impossível de acontecer devido ao processo, que é inteiramente mecanizado, sem contato com ambiente externo ou ação humana. O extrato passa por vários filtros de até dois milímetros, então não tem como algo maior que isso ser envazado", explicou.

A advogada completou que após os filtros, o extrato é pasteurizado a mais de 100ºC. "Não tem como permanecer intacto", sustenta.