Estudante que se diz 'nazista alemão reencarnado' é alvo de operação da PF
Um estudante do Instituto Federal do Paraná (IFPR) que se autointitula um "nazista alemão reencarnado" foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal na manhã de hoje. Segundo a instituição, o caso do estudante já era acompanhando internamente.
O jovem, que é maior de idade e não teve a identidade revelada, é investigado pela prática de crimes de incitação ao crimes de racismo, bem como veiculação da cruz suástica, ideais nazistas e de supremacia branca em redes sociais.
A investigação começou na própria instituição. O diretor-geral do Campus Paranaguá do IFPR, professor Mateus das Neves Gomes, disse ao UOL que recebeu uma denúncia interna sobre o estudante no início do ano e, em abril, foi aberto um processo disciplinar.
"Ele é inclusive um bom estudante, com comportamento muito bom. Quando recebemos a denúncia interna ficamos surpresos", disse Gomes. O diretor preferiu não informar o curso que o estudante frequentava para resguardar os demais alunos.
Segundo as investigações da delegacia de Paranaguá, o jovem divulgava conteúdos com mensagens depreciativas e imagens de menosprezo acerca do povo Judeu, além de vídeos e fotos dos massacres ocorridos em escolas nas cidades de Suzano (SP), em 2019, e em Columbine (EUA), em 1999.
Após o cumprimento da ordem judicial, o jovem teve seus dispositivos eletrônicos confiscados e foi ouvido na delegacia de Polícia Federal de Paranaguá. Com análise do conteúdo, a Polícia Federal pode concluir as investigações ou mesmo identificar outros envolvidos.
Em nota, o IFPR disse que recebeu "com repulsa e tristeza a notícia de que um de seus estudantes está sendo investigado pela Polícia Federal por apologia a atos e ideais nazistas" e que já havia suspeitas sobre o estudante, que não teve a identidade divulgada.
"Informamos que a situação específica deste estudante já estava sendo tratada em um processo disciplinar no Campus Paranaguá e que o caso continuará sendo analisado nas instâncias institucionais apropriadas, no tempo adequado, e com respeito à ampla defesa, como deve ocorrer no Estado Democrático de Direito", continua o comunicado.
Se comprovada prática do crime, o jovem será indiciado pela Polícia Federal e poderá sofrer pena de até cinco anos de reclusão e multa, conforme art. 20, parágrafo 1°, da Lei 7.716/1989, além de eventuais outros crimes que possam ser identificados partir das buscas.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.