Mala de mão e sacos com ossadas humanas são encontrados no Grande Recife
Marina Meireles
Colaboração para o UOL, do Recife
31/01/2022 12h56Atualizada em 31/01/2022 12h56
Uma mala com ossada humana foi encontrada no último sábado (29), em uma rua do bairro Parque Capibaribe, em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife. O material foi encontrado três dias depois de sacos, também com ossadas, serem encontrados num riacho do mesmo município.
A Polícia Civil de Pernambuco investiga se os casos estão conectados e se houve vilipêndio de cadáver, ou seja, quando há algum tipo de desrespeito ou violação de restos mortais — em um dos volumes, os ossos estavam em embalagem com lacre da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS).
A descoberta mais recente foi feita perto do local em que moradores depositam o lixo para a coleta. Os ossos estavam em uma mala de mão, com alças.
"O carro do lixo veio pela manhã e deu de cara com uma mala de mão, de viagem, cheia de ossos", contou a estudante Aline Ferreira, moradora da Rua 45. Segundo a Polícia Civil, o Instituto de Medicina Legal (IML) foi acionado para recolher o material para perícia. O resultado vai ser encaminhado à Delegacia do município, responsável pelas investigações.
Na quarta (26), outro saco com ossos humanos foi encontrado num riacho em frente à casa em que ela mora, na mesma rua. "A minha mãe pegou uma enxada para desobstruir o riacho e encontrou esse saco. Estava fechado, mas ela abriu tentando limpar o riacho e encontrou os ossos", disse a moradora.
"Primeiro, encontramos um fêmur. Depois vimos partes de um crânio. O saco tinha um lacre azul da SDS, então significa que já era uma ossada que já tinha sido enterrada", disse a moradora. A Polícia investiga a possibilidade de vilipêndio de cadáver.
Os ossos localizados na quarta-feira, segundo a Polícia Civil, eram de uma mulher de 45 anos, que havia sido levada ao Hospital da Restauração, no Recife, no dia 9 de dezembro de 2018, mas chegou sem vida à unidade de saúde.
Ainda de acordo com a Polícia, a mulher não apresentava sinais de violência física e, na época, teve o corpo levado ao Instituto de Medicina Legal (IML), no Recife. "O corpo foi reconhecido pela irmã da falecida e, em seguida, entregue à família, que o recolheu por meio dos serviços de uma empresa funerária", disse a corporação, em nota.
"Você não espera que esse tipo de coisa vá acontecer na frente da sua casa. Independentemente de quem fosse, tinha uma vida ali. Estão descartando a ossada de uma pessoa que a família sofreu pra enterrar", afirmou Aline.