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Guarda Civil reprime protesto de professores em BH e uma pessoa fica ferida

Sara Baptista

Do UOL, em São Paulo

25/03/2022 17h32Atualizada em 25/03/2022 19h05

Um protesto dos trabalhadores da educação da rede pública de Belo Horizonte foi reprimido pela Guarda Civil Municipal na manhã de hoje, deixando feridos. Uma pessoa ficou ferida e foi socorrida ao Hospital João XXIII.

Os professores protestam para que seja respeitado o piso salarial da categoria e reivindicam condições de trabalho para a retomada do ensino presencial.

Eles faziam uma vigília em frente à prefeitura durante o anúncio do prefeito Alexandre Kalil (PSD) de que vai deixar o cargo para se candidatar ao governo do estado. Segundo o Sind-Rede (Sindicato

"Havia um espaço reservado para os professores, com a chegada do prefeito Kalil, a guarda municipal reduziu o espaço dos professores, que realizaram um cordão de isolamento para se protegerem", explicou o sindicato em nota.

A entidade ainda descreveu o que aconteceu em seguida: "Diante disso, a tropa de choque da guarda municipal iniciou uma série de repressões contra os professores com bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e cassetete. Agrediram brutalmente vários professores com cassetete e bombas".

A Guarda Municipal, por sua vez, afirmou em posicionamento que os manifestantes invadiram o perímetro de segurança e por isso os guardas intervieram.

Wanderson Moura, o professor que foi agredido na manifestação, gravou um depoimento para as redes sociais do sindicato na qual reafirma que o protesto era pacífico. "Quem esteve na parte da manhã viu que em nenhum momento da nossa parte houve qualquer enfrentamento à Guarda Municipal", disse.

Ele falou ainda que os manifestantes ficaram surpresos com a ação, porque "a relação com a Guarda Municipal sempre foi tranquila".

O secretário municipal de Segurança e Prevenção, Genilson Ribeiro Zeferino, afirmou que o caso foi encaminhado à corregedoria e que se houve excesso, o responsável será punido. "Embora a cena tenha sido feia, a gente ainda precisa avaliar se era preciso fazer aquilo".

Em seguida, no início da tarde, os profissionais da educação realizaram uma assembleia em frente à prefeitura.