DF: Após mentir sobre roubo, dono de hotel para animais admite morte de cão
A PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal) informou que encontrou o corpo de um cachorro que, supostamente, havia sido roubado durante um assalto enquanto estava sob os cuidados de um hotel de animais de estimação, em Brasília. Ted era da raça maltês, tinha 10 anos, era surdo, e foi deixado no local enquanto os donos dele estavam fora de casa.
Policiais da 1ª DP (Asa Sul), que investigaram o caso, encontraram o corpo de Ted enterrado no quintal de propriedade do dono hotel. Ele relatou que Ted entrou na jaula de outro animal, de grande porte, que o matou com uma mordida no pescoço.
O empresário, "assustado com a situação e com medo de repercussões negativas para seu empreendimento", mentiu sobre o roubo do cachorro. Ele foi indiciado por falsa comunicação de crime, informou a PCDF ao UOL. A reportagem procurou o dono do hotel, mas ele não quis se manifestar.
A polícia providenciou a exumação do animal e o entregou para sua família.
Entenda o caso
A arquiteta Clarissa Camanho, dona de Ted, relatou ao UOL que o animal já havia ficado no hotel em outras ocasiões e que nunca tinha tido problemas até então.
Mas, em 16 de março, o responsável pelo hotel para pets informou que o cachorro havia sido roubado. O homem teria sofrido um assalto à mão armada próximo ao prédio onde ela mora, enquanto levava o cachorro para entregá-lo à família. Segundo Clarissa, o próprio homem registrou a ocorrência no 1º DP.
A família iniciou uma campanha nas redes sociais para encontrar o cãozinho e ofereceu recompensas por informações.
Mas a busca por pistas em câmeras de segurança por testemunhas começou a levantar suspeitas, porque não havia indícios de que o assalto teria ocorrido.
O proprietário do hotel mudou sua versão. Ele relatou que Ted havia sido furtado em seu veículo em frente a uma padaria, o que também não se confirmou por meio de testemunhas e câmeras de segurança.
Dias depois, após a família entrar em contato pedindo que o caso fosse esclarecido, em busca de um "fechamento" — nas palavras da arquiteta —, o homem admitiu que Ted morreu sob seus cuidados, quando foi atacado por outro animal.
"Ted teve uma vida boa. Foi amado, bem cuidado e muito feliz na nossa casa. Nós certamente fomos mais felizes por causa dele. Ted mudou tudo dentro da gente e a gente espera ter feito a diferença na vida dele. Agora podemos enfim viver nosso luto" escreveu Clarissa nas redes sociais.
Ao UOL, Clarissa disse que a família está adotando todas as medidas cabíveis. "Acidentes acontecem, mas isso não foi um acidente, foi uma falta de responsabilidade", afirma ela, sobre o fato de um cachorro de pequeno porte e um de grande porte estarem no mesmo espaço, sem os devidos cuidados.
A arquiteta diz que vai lutar por uma legislação e fiscalização melhores envolvendo espaços que cuidam de animais de estimação.
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