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Irmã de Genivaldo cobra ajuda e Justiça: 'O sofrimento é grande'

Damaris de Jesus Santos, irmã de Genivaldo, e Walisson de Jesus Santos, sobrinho da vítima, cobram Justiça pela morte do familiar - Reprodução/TV Globo
Damaris de Jesus Santos, irmã de Genivaldo, e Walisson de Jesus Santos, sobrinho da vítima, cobram Justiça pela morte do familiar Imagem: Reprodução/TV Globo

Do UOL, em São Paulo

31/05/2022 15h52Atualizada em 31/05/2022 21h01

A família Genivaldo de Jesus Santos, 38, reclama da falta de assistência da PRF (Polícia Rodoviária Federal), órgão no qual trabalham os agentes flagrados em uma abordagem truculenta em Umbaúba, litoral sul de Sergipe, há quase uma semana. De acordo com vídeos e detalhes da ocorrência, os agentes usaram bombas de gás lacrimogêneo e fecharam o porta-malas para dominá-lo.

"Até agora não recebemos ajuda de nada, não apareceram, não conversaram nada com a gente", disse à TV Globo a irmã dele, Damaris de Jesus Santos. "Não apareceram para dar assistência nenhuma à gente, nem justificar. Quem sabe a dor é a mãe e a gente, o sofrimento é grande. O que a gente espera é que a Justiça seja feita", complementa.

O sobrinho dele Walisson de Jesus Santos afirmou que pedia calma aos policiais pela forma como a abordagem estava ocorrendo. "A todo momento eu estava ali tentando pedir calma, tanto da parte do meu tio quanto da parte dos policiais", contou para a TV Globo.

Ele disse que se sentiu "triste e de mão atadas" por ter presenciado tudo. "Em nenhum momento eu pensei em ir para cima dos policiais para afastar. Como cidadão, não queria atrapalhar a abordagem deles. Me sinto triste, de mãos atadas com tudo aquilo ali".

Entenda o caso

Genivaldo dirigia uma motocicleta na tarde da última quarta-feira (25) quando foi abordado em uma blitz na rodovia BR-101, em Umbaúba. O sobrinho Wallison de Jesus Santos contou ao UOL que os policiais deram ordem para o tio parar com a moto — o que, segundo ele, foi prontamente obedecido por Genivaldo.

Os policiais então pediram para que ele levantasse a camisa e o rapaz teria afirmado que estava com os remédios psiquiátricos no bolso e tinha a receita médica para provar os transtornos. Ao ver o início de uma truculência contra o tio, Wallison deu o alerta aos policiais confirmando o que o tio havia dito.

Ao chamar reforços no microfone, os policiais começaram uma série de agressões. O homem então foi jogado em um porta-malas da viatura da PRF, sob fumaça intensa.

Pelas frestas da porta traseira, mantida semifechada, é possível ver fumaça escapando, enquanto se pode ver, na parte de baixo, as pernas do homem balançando em desespero, enquanto ele grita no interior da viatura.

Assim que Santos parou de se debater e gritar, os policiais colocaram suas pernas para dentro e fecharam a porta traseira da viatura, entraram no carro e deixaram o local.

O IML informou que a causa da morte foi "insuficiência aguda secundária a asfixia".