Condor diz que não vendeu armas defeituosas, mas admite customização
Em nota sobre a reportagem sobre as armas "não letais", a Condor diz que "nunca vendeu produtos defeituosos". A empresa diz ter "mais de 30 anos de bons serviços prestados no Brasil e no mundo". "Pesquisamos tecnologias adequadas para que a força possa ser empregada de maneira proporcional e razoável, por aqueles que têm legitimidade para fazê-lo, em consonância com os ditames da Organização das Nações Unidas no que se refere à Doutrina do Uso Proporcional da Força."
Com relação às alegações sobre problemas com produtos entregues à Polícia Militar do estado de São Paulo em 2020, a empresa informa que "trata-se de matéria já esclarecida, tendo os novos testes realizados pelo Exército se sucedido com êxito". Ainda, por nota, a empresa diz que as "tratativas entre as partes obedecem ao rito legal de um processo administrativo e temos confiança que está próximo um desfecho".
Em relação ao ferimento do policial em São Paulo, a Condor diz que "segue rigorosamente a norma técnica emitida pelo Exército Brasileiro, que determina que eventuais fragmentos de borracha das granadas não letais devem respeitar uma dureza preestabelecida, de forma a evitar danos irreparáveis". "Temos conhecimento que um único fragmento, de borracha macia, se chocou com o corpo do policial que arremessou a granada, sem provocar danos", completa.
A empresa diz que "não foram realizadas mudanças constitutivas nas munições de impacto controlado desde 2020". "Ressaltamos que munições de impacto controlado devem ser sempre utilizadas nas distâncias de segurança preconizadas e direcionadas para os membros inferiores."
"Todos os produtos da Condor obedecem a rígidos padrões de segurança, podendo haver variações de performance a pedido de clientes, tais como tempo de emissão de fumaça, quantidade de candelas, tempo de retardo, por exemplo, sempre respeitando os limites impostos pelo órgão regulador - o Exército Brasileiro."
A Condor diz que "preconiza, em todos os momentos, o uso responsável e adequado de nossos produtos, mediante intenso treinamento e reafirmamos que seu uso deve ser feito exclusivamente dentro dos padrões legais e por pessoas habilitadas".
A reportagem fez questionamentos sobre vendas, treinamentos e sequelas das armas da Condor no exterior, mas a empresa disse que não podia comentar. "Esclarecemos ainda que a Condor está obrigada por cláusulas de confidencialidade a resguardar informações sensíveis de segurança pública e defesa de outros países, tais quais quantidades e tipos de produtos fornecidos, clientes e destino."
Por fim, a empresa disse que está presente em mais de 80 países e a maior parte de seu faturamento advém do mercado externo. "Razões que comprovam ser reconhecida mundialmente pela qualidade de seus produtos e pela seriedade com que pauta suas relações comerciais e institucionais", completa.
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