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Mulher não percebe cobra enrolada em vaso e a agarra: 'Puxei e era o rabo'

Colaboração para o UOL

12/09/2022 14h31Atualizada em 12/09/2022 17h28

A microempresária Andreia Siqueira, que mora na cidade de Apiacá (ES), tomou "um susto danado" ao chegar em casa na madrugada de quinta-feira (8) com o marido e uma amiga, após uma festa, e encontrar uma cobra enrolada em um vaso de flores artificiais. O objeto é um presente da mãe, que ela deixa sobre a mesa de jantar da residência da família.

Em entrevista ao UOL, ela contou que, a princípio, chegou a pensar que o réptil fosse um graveto do arranjo de flores artificiais. "Chegamos em casa e acendemos a luz da cozinha, então a sala de jantar ficou só um pouco iluminada. Eu vi que tinha alguma coisa caída ao lado do vaso. Daí eu puxei e era o rabo da cobra".

Foi ao acender a lâmpada da sala de jantar que ela percebeu que se tratava de uma cobra escura, quase preta, enrolada em volta do vaso no centro da mesa.

Andreia conta que deu um grito e correu para chamar o marido. Passado o susto inicial, ela então decidiu pegar o celular e registrar a cena.

"A gente tem que tomar muito cuidado ao chegar em casa", diz a microempresária, enquanto circula a mesa mostrando o réptil na gravação. "Tem que prestar muita atenção no que faz. Olha, é uma cobra."

Em dado momento do vídeo, Andreia abre a porta da casa e mostra que ela mora numa rua que possui um "morrinho" de terra e grama, que separa a via de outra rua, construída num nível acima, que ela chama de pasto. Ela acredita que a cobra tenha vindo dessa área, mas questiona como ela pode ter entrado na casa, se estava tudo fechado.

"Ela pode ter vindo também escondida no nosso carro. Eu trabalho com vendas, então estou sempre visitando a roça. A cobra pode ter vindo no carro", disse Andrea.

O marido de Andreia, Valdemir Tavares, chegou a sugerir medidas mais urgentes:

O que eu queria fazer, para a gente não ter mais esse problema, é mudar de casa.

cobr - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Imagem: Reprodução/Instagram

Andreia suspeita que a seca que vem castigando a região pode estar diretamente ligada ao aparecimento da cobra em sua residência.

Ouvida pelo UOL, a bióloga Cláudia Couto concorda com a microempresária.

Muitas regiões do Espírito Santo vêm enfrentando um período de seca, que se agravou muito a partir de 2017. Muitos animais, incluindo os répteis, passam a se aproximar das cidades em busca de alívio, procurando alguma fonte de recurso hídrico. Pode ser um lago, uma piscina e até uma torneira pingando no jardim.

Cláudia afirma que não é possível identificar a cobra pelo vídeo, porque ela mantém o tempo todo a cabeça escondida. "Não dá para saber nem se é venenosa, porque a identificação das serpentes é pelo formato da cabeça. Mas, pelo formato das escamas, a coloração e o comprimento daria para arriscar dizer que é uma cobra-d'água, uma espécie não venenosa. Mas não dá para afirmar com toda a certeza".

Andreia contou que o marido tirou a cobra do vaso com uma vassoura (cujo cabo aparece algumas vezes ao final do vídeo) e, assustado, acabou matando o réptil.

A polícia ambiental, porém, recomenda que as pessoas não matem os animais silvestres que surgem em suas casas. Inclusive porque existem leis ambientais que protegem a fauna. O ideal é acionar a polícia ambiental de cada região, para que os agentes, treinados, façam o recolhimento e o encaminhamento do animal.