O que é a 'extrema-unção' citada por Soraya contra Kelmon no debate
Durante o debate entre os presidenciáveis na TV Globo, a candidata Soraya Thronicke (União) perguntou ao candidato Padre Kelmon (PTB) quantas "extremas-unções" ele havia dado durante a pandemia de covid-19. Afinal, o que seria isso?
Para a Igreja Católica, chamada unção dos enfermos, popularmente conhecida como extrema-unção, é um dos sete sacramentos.
"É considerada um sacramento de cura, ao lado da confissão, e administrada aos fiéis doentes, geralmente internados, acamados, que estão se recuperando de uma cirurgia ou mesmo sofrendo de uma enfermidade limitante ou incapacitante", afirmou Felipe Zangari, teólogo e mestre em ciências da Religião pela PUC-Campinas.
Segundo Zangari, esse sacramento marca a força da oração da Igreja por aqueles que, no corpo, associam suas dores ao sofrimento de Cristo. Na tradição católica, a unção dos enfermos exprime cura e conforto ao doente. Ao contrário do que muitos pensam, a unção dos enfermos é administrada aos fiéis quantas vezes for necessária ao longo da vida.
O sacerdote, quando confere este sacramento, marca a fronte e as mãos da pessoa a receber a unção com um óleo, que é abençoado anualmente pelo bispo diocesano do lugar, e diz as seguintes palavras: "Por esta santa unção e pela sua infinita misericórdia, o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo, para que, liberto dos teus pecados, Ele te salve e, na sua misericórdia, alivie os teus sofrimentos". De acordo com Zangari, se o doente estiver em condições, recomenda-se que se confesse antes de receber o sacramento.
Na tradição ortodoxa, a unção dos enfermos também é um sacramento de cura ministrado em pessoas doentes, acamadas ou que passaram por uma grave cirurgia.
No rito ortodoxo, o doente é ungido pelo óleo na cabeça, no peito, nas mãos e nos pés. Esse sacramento, além de cura, restaura com o perdão divino a alma de todo o pecado, pois é preciso se confessar antes de receber a bênção.
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